Sentimentos de tristeza e revolta são marcantes na voz embargada de um pai ao revelar o estado de saúde da filha, de 6 anos, após a menina ser baleada na cabeça. Júlio Clécio Gomes Boia, de 20 anos, é padrasto da garota e de mais um menino de 2 anos, filhos de sua mulher.

Ele afirmou que sua filha teve morte encefálica confirmada por uma médica da equipe do hospital em que a garota está internada. "A família inteira está aqui, abalada, transtornada com tudo o que aconteceu", diz.

A menina foi baleada na manhã deste domingo, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e a polícia ainda investiga o motivo do disparo. O atirador era inquilino da casa onde a família morava e está foragido. A perícia da Polícia Civil não compareceu ao local porque a cena do crime havia sido descaracterizada.

Conforme a Polícia Militar, J. A. L. já tem passagens mas não há motivação aparente para ter atirado propositalmente na garota, por isso os policiais acreditam que possa ter sido um disparo acidental. A arma ainda não foi encontrada.

Duas motos foram apreendidas no local do crime. Ainda de acordo com a PM, os veículos teriam sido furtados no pátio da Prefeitura do município. A ocorrência é encerrada na 1ª Delegacia de Plantão de Nova Lima.

Júlio Clécio disse que a família só está esperando um atestado médico confirmando a morte cerebral da garota. De acordo com a assessoria do Hospital João XXIII, há um protocolo médico e um exame, que deve ser feito 12 horas após o primeiro, como medida de segurança, para confirmar o óbito.

O padrasto ainda demonstrou revolta com a situação. "Se a polícia não achar, eu acho e mato ele", disse consternado. Até a noite deste domingo, o atirador não tinha sido encontrado..