Foi liberado no último fim de semana o ex-modelo Leandro Dantas de Freitas, de 28 anos, que estava recolhido no Presídio Regional de Montes Claros pelo assassinato da ex-namorada, a estudante de medicina Sara Teixeira de Souza, de 35, crime ocorrido em 5 de agosto de 2014 e que chocou a cidade. Leandro é acusado de matar a vítima, a facadas, dentro de casa, simplesmente por ela não aceitar o fim do relacionamento. Nesta segunda-feira, o juiz Isaías Caldeira Veloso, da Primeira Vara Criminal de Montes Claros, confirmou que o preso foi solto por engano e que deve ser recapturado imediatamente.
O magistrado informou que foi expedido um mandado de soltura de Leandro Dantas pelo cumprimento de pena de cinco meses, referente a condenação pelo crime de agressão contra a mesma vítima, baseada na Lei Maria da Penha. Acontece que, explicou Caldeira Veloso, ao receber o documento, o servidor da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) fez confusão e considerou que o alvará era referente ao crime de homicídio. “Foi um equívoco. Não vi má fé por parte do servidor”, disse o juiz, lembrando que, diante do erro, Leandro Dantas terá que ser recapturado imediatamente, pois foi preso em flagrante logo após o assassinato da estudante de medicina e terá que continuar atrás das grades até o julgamento, a ser marcado pelo Tribunal do Júri.
O advogado Otávio Batista Rocha, que defende o ex-modelo, afirmou que entrou com um pedido de liberdade do seu cliente, alegando que ele é dependente químico e sofre de problemas mentais. Por outro lado, admitiu que caso seja comunicado de que foi solto por engano Leandro Dantas estará disposto a se apresentar para cumprir a ordem da Justiça e aguardar o julgamento na prisão. Até o final da tarde desta segunda-feira, ele continuava livre.
Sara Teixeira de Souza, que cursava o oitavo período de medicina, foi morta a facadas dentro do apartamento onde morava, no bairro Ibituruna, área de classe média/alta de Montes Claros. Na época do assassinato, Leandro Dantas deveria estar preso. Existia um mandado de prisão preventiva contra ele, por causa de ameaças contra a mulher. No entanto, o mandado não foi cumprido a tempo. A Polícia Civil alegou que, após receberem o mandado, procuraram por Leandro, mas não conseguiram localizá-lo. Ele acabou sendo preso somente depois da morte da ex-namorada, quando tentava fugir, na rodoviária da cidade.
A reportagem entrou em contato com Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) para esclarecer o caso e aguarda resposta.