Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) os pontos de interdição estão na BR-381, em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Oliveira e Perdões, no Centro-Oeste, na BR-262, em Juatuba, na Grande BH, e Realeza, distrito de Manhuaçu, Zona da Mata, na BR- 040, em Nova Lima e Congonhas, Região Central, além da BR-116, também em Manhuaçu. Há interdição ainda na MG-050, entre Itaúna e Divinópolis, no Centro-Oeste.
Os motoristas protestam contra a alta do preço do óleo diesel e exigem o aumento do valor do frete. Eles reivindicam ainda a revisão da Lei 12.619, aprovada no Congresso e que deve ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo a legislação, o motorista deve repousar 11 horas num prazo de 24 horas e parar por uma hora por refeição. Os caminhoneiros querem 8 horas de descanso.
A situação é mais crítica na BR-381, no trecho entre BH e São Paulo. De acordo com a Autopista Fernão Dias, concessionária que administra a rodovia, entre os KMs 521 e 513, em Igarapé, há 17 quilômetros de congestionamento no sentido BH e 8 quilômetros na direção contrária.
Em Oliveira, a fila de caminhões e carretas parados é de 5 quilômetros do km 622 a 617, na pista norte que leva a BH. Em direção a SP, o trânsito está livre. Em Perdões, entre o km 682 e 677, há cinco quilômetros de congestionamento no sentido Belo Horizonte, enquanto na pista oposta a circulação de veículos está desimpedida.
Na BR-040, sentido Rio de Janeiro, a fila de caminhões e carretas se estende por cerca de 12 quilômetros, segundo a Via 040, empresa responsável pela rodovia. A concessionária informou que o protesto na BR-040, na Região da Ceasa, em Contagem, foi encerrado e a pista se encontra sem bloqueio. A PRF não confirma.
Prejuízos
A greve dos caminhoneiros já afeta as indústrias. A Fiat resolveu dispensar funcionários dos turnos da tarde e da noite segunda-feira e dos dois primeiros de terça. Segundo a empresa, caminhões carregados com peças ficaram presos no protesto, afetando o estoque de componentes utilizados na montagem dos veículos.
Nessa segunda-feira, Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com ações na Justiça Federal em sete estados para pedir a suspensão imediata dos bloqueios de rodovias promovidos por caminhoneiros. Essa foi a forma escolhida pela categoria para protestar contra o aumento no diesel e pelo reajuste no frete.
A AGU, além de pedir a adoção de medidas necessárias para garantir o direito de ir e vir das pessoas, liberando as pistas para livre circulação, solicitou ainda a fixação de multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o tráfego. As ações foram ajuizadas simultaneamente nos em Minas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (Com informações de João Henrique do Vale)
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