Em junho de 2013, um homem de 52 anos foi preso quando abusava sexualmente de um menino, de 6 anos, no banheiro masculino do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte. Como não havia alguém para acompanhar a criança, a mãe o deixou entrar sozinho, mas estranhou a movimentação na instalação sanitária e chamou um guarda municipal, que flagrou o criminoso.
“Como integrante da Frente Parlamentar da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente já recebi várias denúncias nesse sentido. É uma situação constrangedora para os pais, que em banheiros coletivos muitas vezes não podem acompanhar seus filhos”, justificou Patrus. O vereador espera que, depois da derrubada do veto do prefeito à proposição, ele agora promulgue a lei, ou então ficará à cargo da Câmara Municipal.
Ao vetar a proposta, em dezembro do ano passado, Marcio Lacerda justificou que ela feria princípios constitucionais e gerava ilegalidades, uma vez que a lei promove a “intervenção do Legislativo em competência exclusiva do Executivo”. Além de citar o “princípio da separação entre os poderes”, o prefeito destacou que a proposição aumentava as despesas da administração pública sem a devida indicação orçamentária. Em relação à instalação de banheiros família em estabelecimentos particulares, Lacerda lembrou os princípios constitucionais da “livre iniciativa e livre concorrência”, e pontuou que o Poder Público não deve interferir no exercício de atividades econômicas.
Para Pedro Patrus o veto do Executivo foi um ato político.