Terra sem dono passou a ser o nome dado por comerciantes, empresários e pedestres à Avenida Bernardo Monteiro, no trecho entre as avenidas Francisco Sales e Andradas, na Região Centro-Sul de BH. Os dois quarteirões no Bairro Santa Efigênia – que abrigam funerárias, estacionamentos, restaurantes, empresas, clínicas médicas e dão acesso a importantes unidades de saúde da Área Hospitalar – foram transformados em um canteiro de obras para construção do Terminal Move Metropolitano Bernardo Monteiro. As intervenções começaram em abril do ano passado, mas, no segundo semestre, as máquinas e operários paralisaram os trabalhos, o que deu início a uma série de problemas.
A via teve o asfalto e o canteiro central arrancados, árvores cortadas e hoje está com chão de terra batida, gerando poeira e lama. Repleta de buracos e sem nenhuma regra de trânsito, o trecho da avenida ainda tem as placas indicativas de estacionamento rotativo, mas tornou-se ponto para parada de ônibus de sistemas de saúde de cidades do interior e de veículos particulares, que estacionam à revelia de qualquer norma ou de fiscalização. Com a desordem no trânsito, o movimento de carros e pedestres caiu e comerciantes acumulam perdas de até 80% nas vendas. A situação abriu espaço também para a violência. Lojistas se queixam de roubos e dizem que bandidos passaram a rondar o local. Alguns já procuraram advogados e prometem acionar a Justiça para reparação de danos.
Gerente da Funerária Santa Casa, Jeferson Florêncio diz que a empresa nunca passou por um momento econômico tão difícil. “Desde julho, tivemos que demitir 38 dos nossos 185 funcionários. As vendas caíram 40%”, disse. Ainda segundo ele, a loja, que funciona 24 horas, já foi alvo de dois assaltos. “À noite, a avenida vira um deserto, uma terra sem dono que se torna um prato cheio para criminosos”, afirma o gerente, que cobra a presença policial no local. A poucos metros dali, a direção do Restaurante Simplesmente viu as 200 refeições vendidas diariamente reduzirem em mais de 70%. “Já estamos pensando em fechar”, afirmou o gerente, Marcos Ferreira Costa. A queda nas vendas também fez os donos da Funerária Carvalho reverem os negócios.
SEGURANÇA
A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), responsável pelas intervenções, não informou o motivo da suspensão das obras do terminal e nem quando serão retomadas. Por meio de sua assessoria de imprensa, se limitou a afirmar que a obra, orçada em R$ 10,4 milhões, foi paralisada antes do fim do ano passado e que, atualmente, o governo de Minas realiza amplo levantamento da situação administrativa e financeira do estado, o que inclui ações relativas às áreas de transportes e obras públicas. Ainda segundo a pasta, o levantamento será feito por 90 dias, contados a partir do início da nova administração. Em relação à segurança, a Polícia Militar prometeu reforço. De acordo com o major Renato Félix Federici, comandante da 3ª Companhia da PM, responsável pelo patrulhamento na região, ele irá ao local hoje para averiguar a situação junto aos comerciantes. “Vamos tomar conhecimento das condições no local e aumentar a presença policial”, garantiu.
A via teve o asfalto e o canteiro central arrancados, árvores cortadas e hoje está com chão de terra batida, gerando poeira e lama. Repleta de buracos e sem nenhuma regra de trânsito, o trecho da avenida ainda tem as placas indicativas de estacionamento rotativo, mas tornou-se ponto para parada de ônibus de sistemas de saúde de cidades do interior e de veículos particulares, que estacionam à revelia de qualquer norma ou de fiscalização. Com a desordem no trânsito, o movimento de carros e pedestres caiu e comerciantes acumulam perdas de até 80% nas vendas. A situação abriu espaço também para a violência. Lojistas se queixam de roubos e dizem que bandidos passaram a rondar o local. Alguns já procuraram advogados e prometem acionar a Justiça para reparação de danos.
Gerente da Funerária Santa Casa, Jeferson Florêncio diz que a empresa nunca passou por um momento econômico tão difícil. “Desde julho, tivemos que demitir 38 dos nossos 185 funcionários. As vendas caíram 40%”, disse. Ainda segundo ele, a loja, que funciona 24 horas, já foi alvo de dois assaltos. “À noite, a avenida vira um deserto, uma terra sem dono que se torna um prato cheio para criminosos”, afirma o gerente, que cobra a presença policial no local. A poucos metros dali, a direção do Restaurante Simplesmente viu as 200 refeições vendidas diariamente reduzirem em mais de 70%. “Já estamos pensando em fechar”, afirmou o gerente, Marcos Ferreira Costa. A queda nas vendas também fez os donos da Funerária Carvalho reverem os negócios.
SEGURANÇA
A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), responsável pelas intervenções, não informou o motivo da suspensão das obras do terminal e nem quando serão retomadas. Por meio de sua assessoria de imprensa, se limitou a afirmar que a obra, orçada em R$ 10,4 milhões, foi paralisada antes do fim do ano passado e que, atualmente, o governo de Minas realiza amplo levantamento da situação administrativa e financeira do estado, o que inclui ações relativas às áreas de transportes e obras públicas. Ainda segundo a pasta, o levantamento será feito por 90 dias, contados a partir do início da nova administração. Em relação à segurança, a Polícia Militar prometeu reforço. De acordo com o major Renato Félix Federici, comandante da 3ª Companhia da PM, responsável pelo patrulhamento na região, ele irá ao local hoje para averiguar a situação junto aos comerciantes. “Vamos tomar conhecimento das condições no local e aumentar a presença policial”, garantiu.