Caminhoneiros continuam a protestar em diferentes pontos de Minas Gerais na tarde desta quarta-feira. No fim da manhã, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que não havia mais pontos de interdição nas rodovias federais da Grande BH e na Região Centro-Oeste de Minas, mas a manifestação continua em uma BR de responsabilidade da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) e em uma estrada estadual.
No início da tarde, 400 caminhoneiros ainda estavam parados na BR-494, na entrada de Divinópolis. Os motoristas que estão no local queimaram pneus para impedir a passagem dos veículos de carga.
Segundo Marcelo Júnior, um dos organizadores do movimento, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) esteve no local, mas os policias não determinaram o fim do movimento. O diesel já está em falta no posto de combustível da rodovia. Motoristas que estão no local dizem que também há postos desabastecidos em Pará de Minas.
A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu, na tarde de terça-feira, liminar para imediata liberação das rodovias federais em Minas que estavam obstruídas por protesto de caminhoneiros, mas a decisão não vale para estradas estaduais. De acordo a PMRv de Divinópolis, não chegou aos policiais do posto qualquer documento que determina a saída dos manifestantes. Os militares foram nos trechos com protesto para negociar, na tarde de terça-feira e manhã desta quarta, mas os motoristas estão irredutíveis, conforme informou a PMRv.
Ainda há focos de protesto na MG-050.
Os motoristas que participam do protesto, alegam estarem sendo coagidos a entrar no ato. Segundo os caminhoneiro, que não quiseram se identificar, um veículo de carga tentou fazer o retorno para fugir do bloqueio e acabou alcançado por motociclistas. Ele acabou obrigado a voltar para a fila.
Os motoristas protestam contra a alta do óleo diesel e pedem o aumento do valor do frete. Na decisão relativa às rodovias federais, divulgada na tarde desta terça-feira, a juíza Anna Cristina Rocha Gonçalves, da 14ª Vara Federal, estipulou multa de R$ 5 mil para os condutores que descumprirem a ordem e R$ 50 mil para as entidades responsáveis.
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