Os caminhoneiros continuam a manifestação em dois pontos da MG-050, na Região Sul de Minas Gerais, na noite desta quarta-feira. Os bloqueios causam lentidão nas cidades de São Sebastião do Paraíso e em Itaú de Minas. Por volta das 18h30, os motoristas liberaram outro trecho da rodovia, em Itaúna, Região Centro-Oeste do Estado.
De acordo com a concessionária Nascentes das Gerais, responsável pela rodovia, os manifestantes fecham parte do trânsito nos kms 402, em São Sebastião do Paraíso, e no km 373, em Itaú de Minas. Ainda não há previsão para a liberação. Nesses trechos, o trânsito está lento. Apenas carros de passeio, ônibus, ambulâncias e veículos com cargas perecíveis e vivas passam pelo bloqueio.
Depois do fim da paralisação nas rodovias federais por causa de uma decisão judicial, os caminhoneiros começaram a protestar nas estradas estaduais.
Na mesma cidade, outro protesto aconteceu na MG-050. Longas filas de caminhões se estenderam pela rodovia. Os veículos ficaram parados no acostamento, o que prejudicou o trânsito. Os motoristas que participaram do protesto, alegaram estarem sendo coagidos a entrar no ato. Segundo os caminhoneiros, que não quiseram se identificar, um veículo de carga tentou fazer o retorno para fugir do bloqueio e acabou alcançado por motociclistas. Ele acabou obrigado a voltar para a fila. Conforme a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o ato teve fim por volta das 15h30.
Também tiveram protestos na MG-431, em Itatiaiuçu, Região Central de Minas Gerais. Os caminhoneiros pararam os veículos no acostamento, mas liberaram o trânsito no início da tarde.
A ida dos protestos para as estradas estaduais é uma estratégia dos caminhoneiros para fugira da decisão judicial. A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu, na tarde de terça-feira, liminar para imediata liberação das rodovias federais em Minas que estavam obstruídas, mas a decisão não vale para estradas estaduais.
Os motoristas protestam contra a alta do preço do óleo diesel e exigem o aumento do valor do frete. Eles reivindicam ainda a revisão da Lei 12.619, aprovada no Congresso e que deve ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo a legislação, o motorista deve repousar 11 horas num prazo de 24 horas e parar por uma hora por refeição. Os caminhoneiros querem 8 horas de descanso.(Com informações de Luana Cruz, Cristiane Silva, e Daniel Camargos) .