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Estado de Minas

Caminhoneiros protestam na BR-050, no Triângulo Mineiro

Protesto começou às 8h e, segundo a Polícia Rodoviária Federal, os dois sentidos da rodovia foram fechados. Segundo boletim da PRF, há 93 pontos de interdição no país


postado em 26/02/2015 10:21 / atualizado em 26/02/2015 13:41

Manifestantes queimaram pneus durante manifestação entre Uberlândia e Araguari(foto: Diogo Machado/Correio de Uberlândia)
Manifestantes queimaram pneus durante manifestação entre Uberlândia e Araguari (foto: Diogo Machado/Correio de Uberlândia)


Minas Gerais registra mais um foco de protesto de caminhoneiros, apesar de a Justiça ter decretado a liberação das rodovias federais. Nesta quinta-feira, os motoristas estão parados no km 61 da BR-050, no Triângulo Mineiro.

A manifestação começou por volta das 8h no trecho que fica entre as cidades de Uberlândia e Araguari. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há uma grande fila de caminhões no trecho. No início do protesto eles permitiam a passagem de veículos menores, mas por volta das 10h o trânsito foi interditado em ambos os sentidos, provocando um grande congestionamento.

Ainda segundo a PRF, os caminhoneiros voltaram ser notificados sobre a decisão judicial, mas até as 12h não haviam deixado a rodovia. Eles liberaram a passagem e carros e ônibus.

Governo e caminhoneiros chegaram a um acordo, assinado na madrugada desta quinta-feira, 26, por grevistas e ministros do governo Dilma Rousseff, para acabar com os bloqueios nas estradas. A proposta foi fechada depois de três rodadas de negociação. Entretanto, o Comando Nacional do Transporte, entidade que diz também representar os caminhoneiros, postou um vídeo no Facebook em que diz não ter havido acordo. Segundo boletim da PRF, divulgado às 11h30 desta quinta, há 93 interdições ativas nas rodovias federais que cortam oito estados.

(foto: Diogo Machado/Correio de Uberlândia)
(foto: Diogo Machado/Correio de Uberlândia)


Entenda o caso

Os motoristas começaram a formar filas em trechos das BRs na madrugada do dia 22 em Minas e mais seis estados. Além da questão do preço do diesel e do valor do frete, eles reivindicam a revisão da Lei 12.619, aprovada no Congresso e que deve ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo a legislação, o motorista deve repousar 11 horas num prazo de 24 horas e parar por uma hora por refeição. Os caminhoneiros querem oito horas de descanso.

Na terça-feira, a Justiça Federal em Minas Gerais acatou o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e determinou a liberação das BRs.  Na decisão, a juíza Anna Cristina Rocha Gonçalves, da 14ª Vara Federal, estipulou multa de R$ 5 mil para os condutores que descumprirem a ordem e R$ 50 mil para as entidades responsáveis.Na decisão, divulgada na tarde desta terça-feira, a juíza Anna Cristina Rocha Gonçalves, da 14ª Vara Federal, estipulou multa de R$ 5 mil para os condutores que descumprirem a ordem e R$ 50 mil para as entidades responsáveis. A partir da notificação, os motoristas têm três horas para desocupar as rodovias.

Na manhã de quarta-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) percorreu pelo menos 10 trechos de rodovias federais com foco de protestos em Minas Gerais. No início da tarde, a polícia divulgou que não havia mais estradas federais interditadas no estado. No entanto, a decisão judicial não contempla as rodovias estaduais. Assim, os protestos continuaram na MG-050.

A manifestação na rodovia terminou à noite.  Os bloqueios aconteceram nos quilômetros 402 e 373 e prejudicaram o trânsito nas cidades de São Sebastião do Paraíso e Itaú de Minas, respectivamente. Mais cedo, os motoristas liberaram outros trechos da rodovia, em Itaúna e Divinópolis, ambas na Região Centro-Oeste do Estado.


(Com informações de Thiago Lemos e Agência Estado)


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