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Estado de Minas

Promotor vítima de atentado em MG presta depoimento à Polícia Civil

A equipe da Polícia Civil vai, agora, analisar os autos para indiciar os dois suspeitos do crime. Autoridades se reúnem em Uberlândia para repudiar o crime contra Marcus Vinícius


postado em 27/02/2015 15:37

Promotor recebeu alta na última quarta-feira depois de ficar quatro dias internado(foto: Unitri/Divulgação)
Promotor recebeu alta na última quarta-feira depois de ficar quatro dias internado (foto: Unitri/Divulgação)

O inquérito que apura o atentado contra o promotor de Justiça Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, em Monte Carmelo, na Região do Alto Paranaíba, já está em fase final. O delegado Wilton José Fernandes, responsável pelo caso, ouviu a vítima quando ela deixava a sede da promotoria da cidade. A equipe da Polícia Civil vai, agora, analisar os autos para indiciar Juliano Aparecido de Oliveira, que confessou o crime, e, provavelmente, o pai dele, o vereador e ex-presidente da Câmara Municipal do município, Valdelei José de Oliveira. Nesta sexta-feira, promotores, juízes e outras autoridades, entre elas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, se reúnem em um ato de repúdio em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

O depoimento do promotor foi feito para esclarecer algumas teses já inclusas no inquérito. “Foi bastante tranquilo. O depoimento vem para contribuir nas investigações e esclarecer alguns pontos. A oitiva confirmou o que já estava no nosso trabalho”, afirmou o delegado Fernandes. Todos os laudos já foram concluídos, porém, o indiciamento dos dois homens suspeitos do crime ainda não está certo. “Provavelmente, vamos indiciar os dois, mas somente com a análise dos autos é que vamos saber por quais crimes eles vão responde”, comenta o delegado.

O promotor ficou internado no hospital por quatro dias depois de ser baleado no último sábado. As investigações indicam que o crime foi motivado por vingança. Apresentado na segunda-feira na Cidade Administrativa do governo de Minas, Juliano de Oliveira disse que tentou matar Marcus por ele ter sido um dos responsáveis pela investigação que culminou com a cassação do mandato de seu pai.

De acordo com os delegados, Juliano foi preso na casa da irmã da sua companheira, em pleno churrasco, na cidade próxima de Romaria. Ele foi para a comemoração depois de descarregar 15 tiros no promotor, dos quais acertou três, sendo dois nas costas e um no braço.

Autoridades se encontram em Uberlândia para ato de repúdio contra o promotor(foto: Divulgação)
Autoridades se encontram em Uberlândia para ato de repúdio contra o promotor (foto: Divulgação)


Ato de repúdio

Desde o início da tarde desta sexta-feira, promotores, juízes, o procurador-geral de Justiça de Minas, Carlos André Mariani Bittencourt e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, estão reunidos no Center Convention do Center Shopping Uberlândia, em um ato de repúdio contra o atentado de Marcus Cunha. As autoridades palestram sobre a segurança de promotores e magistrados.


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