A chuva acima da média em fevereiro fez com que os reservatórios da Região Metropolitana de Belo Horizonte tivessem um leve aumento em seus níveis. De 26 de janeiro, quando a Copasa começou a divulgar diariamente a situação das barragens, até este sábado, o Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento na Grande BH, teve uma leve alta de 0,30%. Destaque para o Rio Manso, que aumentou de 5,80% para 9,1%. Somente o Rio Manso apresentou queda.
Quando a Copasa começou a divulgar os dados, o Sistema Paraopeba apresentava 30,03% de sua capacidade. Rio Manso estava com 44,78%, Vargem das Flores com 27,72% e Serra Azul 5,80%. Neste sábado, o nível dos reservatórios apresentaram uma nova melhora. O Sistema Paraopeba se mantém com 30,3% da sua capacidade. Rio Manso teve uma leve queda segue com 43%. Vargem das Flores continuou em 29,9%.
Já o reservatório Serra Azul apresentou aumento. Nos últimos três dias, passou de 8,8% para 9,1%. Mesmo com a diferença, a situação da barragem, a terceira maior da capital mineira, ainda é preocupante. O volume de captação do Reservatório Serra Azul despencou 70% em um ano. A escassez de chuva que deixa Minas Gerais em estado de alerta em relação ao abastecimento põe a represa em estado crítico. Segundo a Copasa, em janeiro de 2014, Serra Azul distribuía 2.200 litros de água por segundo e, neste ano, a vazão caiu para 661 litros por segundo.
O pequeno aumento nos níveis dos reservatórios pode ser explicado pelo aumento de chuva em fevereiro. Até essa sexta-feira, choveram 264 milímetros, superando em 35% a média para o mês, que é de 188,4 milímetros. Para se ter uma ideia, em janeiro deste ano foram registrados apenas 94,8 milímetros de precipitações, para uma média de 319,4 no período. A previsão para março é boa. Meteorologistas afirmam que os temporais devem ficar dentro da média para o período, que é de 160 milímetros.
A previsão para o fim de semana é de sol e calor durante o dia e pancadas de chuva no fim da tarde
Economia de água
A crise hídrica ainda é preocupação na capital mineira e região metropolitana. Para tentar economizar água, a Câmara Municipal de Belo Horizonte tomou medidas de redução de consumo. Entre elas, a diminuição da vazão de água nos sanitários, a substituição das mangueiras hidráulicas por panos úmidos para lavagem de paredes, janelas e fachadas, a irrigação escalonada dos jardins e a realização de uma campanha interna para mobilização dos funcionários.