O jovem, que já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas e roubo, estava sendo procurado desde 22 de fevereiro, quando a garota foi baleada na cabeça. Jhonata fugiu da residência, onde morava de favor, e não foi mais visto. “Equipes da 1ª delegacia de Nova Lima estavam com uma operação muita intensa.
Na companhia de um advogado e familiares, Jhonata se apresentou à polícia por volta das 9h. Em depoimento, confessou ser o autor dos disparos, mas afirmou que foi acidental. “Disse que estava limpando a arma no quarto do padrasto da vítima com uma blusa velha. Enquanto fazia a ação, a menina chegou no cômodo e o revólver disparou”, explica a delegada.
Na versão do jovem, a arma estava enterrada no quintal da casa e por isso tinha que ser limpa. Também disse que iria mudar o local do esconderijo, porém, ainda será investigado se o revólver estava dentro do imóvel. “Ele afirmou que acha que o padrasto da menina sabe que ele tem uma arma. Talvez não quis falar para não responsabilizar o homem. Se for comprovado que o revólver estava dentro da residência, outras pessoas podem ser responsabilizadas”, disse Karina Resende.
A Polícia Civil descartou totalmente a participação de uma adolescente no crime. Uma menina de 16 anos se apresentou aos policiais um dia depois do crime informando que era a autora dos disparos.
Arrependimento
Enquanto a delegada apresentava os detalhes das investigações, um detalhe chamou a atenção em Jhonata. Em um dos braços, estava escrito a caneta o nome Yasmim, o mesmo da garota de seis anos. Ao ser questionado, o jovem se disse arrependido e afirmou ser uma homenagem a vítima. “Ele chegou a dizer que vai fazer a tatuagem definitiva com o nome da menina. Também pediu perdão para o padrasto dela e se mostrou arrependido”, conta Karina.
O jovem está preso temporariamente por 30 dias.