Jornal Estado de Minas

Nova aeronave do Corpo de Bombeiros salva 23 vítimas em um mês de funcionamento

O helicóptero EC-145, que foi adquirido pelo Governo de Minas por R$ 35 milhões e é chamado de Arcanjo 4, começou a ser usado no início de fevereiro

João Henrique do Vale
Com o helicóptero os bombeiros conseguiram diminuir o tempo de resposta nos atendimentos - Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Há 30 dias, os mineiros contam com mais um suporte no atendimento médico de emergência no estado. O helicóptero EC-145, que foi adquirido pelo Governo de Minas por R$ 35 milhões e é chamado de Arcanjo 4, completa um mês de funcionamento nesta segunda-feira. Desde que começou a voar em terras mineiras, 25 atendimentos foram feitos pela aeronave. Neles, 23 vítimas foram salvas.

O EC 145 tem capacidade para até dez pessoas (1 piloto, 1 co-piloto e 8 passageiros). Na configuração aeromédica, a aeronave tem capacidade para transportar duas macas com dois pacientes, médico, enfermeiro, tripulante operacional dos Bombeiros, um piloto e um co-piloto. O helicóptero está equipado com o mais moderno kit aeromédico disponível no mercado mundial, utilizado pelos maiores operadores do segmento de saúde nos Estados Unidos e Europa.

Com o helicóptero, os bombeiros diminuem o tempo de respostas no atendimento as vítimas.
“Conseguimos aumentar o número de ocorrências que envolvem o Batalhão Aéreo. Com o EC-145 chegamos mais rápido nos locais. Ela tem um desempenho fantástico e consegue manter um suporte às vítimas”, afirma o capitão Fábio Alves Dias, assessor de comunicação social do Batalhão de Operações aéreas do Corpo de Bombeiros.

No último mês, o Arcanjo 4 foi solicitado para atender 25 ocorrências, sendo 21 de resgate e quatro transferências entre hospitais. Nas ações, conseguiu salvar 23 vítimas. Outras duas não resistiram. “Essas mortes foram por afogamentos. Atendemos, fizemos as manobras com as equipes médicas, mas não deu tempo. Nem sempre o afogado consegue voltar fácil”, lamentou Dias.

Atualmente, o Corpo de Bombeiros conta três helicópteros e um avião para resgates e transferência de pacientes em estado crítico entre hospitais e transporte de órgãos para o MG Transplantes. As aeronaves podem ser utilizadas em qualquer cidade. “O Arcanjo 4, por exemplo, atuou em ocorrências foram da Grande BH neste um mês de funcionamento. Ela foi empenhada em Arcos e uma transferência entre Conceição do Mato Dentro e Diamantina”, comenta Dias.


O primeiro voo do helicóptero em Minas Gerais aconteceu em 2 de fevererio. A aeronave transportou uma vítima de um acidente entre um carro e um caminhão no Anel Rodoviário, na altura do Bairro Caiçara, Região Noroeste de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o Fiat Uno de cor preta placa GNG-0041, de Oliveira (MG), colidiu na traseira do caminhão reboque GYI-3520, de Cataguases (MG). Com o impacto, o motorista do Uno, Joventino Francisco de Melo, de 32 anos, sofreu traumatismo craniano.

Aeronave tem capacidade de transportar duas vítimas ao mesmo tempo - Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Planos futuros

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) pretende treinar os agentes de segurança pública e médicos para aumentar o tempo de respostas nos salvamentos. “O que precisamos fazer agora é consolidar as parcerias para integrar a frota terrestre aos trabalhos das aeronaves de maneira responsável e segura, integrando ainda mais Samu, Bombeiros e todos os órgãos envolvidos no salvamento de vidas”, diz o gerente do Projeto da Rede de Urgência e Emergência da SES, Alexandre Viana de Andrade..