Duas equipes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) vistoriam na manhã desta quarta-feira cerca de 200 captações de água na Bacia do Rio Paraopeba, em Igarapé e Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para coibir a retirada ilegal de água e outorgas em desconformidade com a concessão estadual.
Os rios fiscalizados abastecem o Sistem Serra Azul, responsável por 8% da água fornecida a Belo Horizonte e o mais fragilizado pela escassez hídrica, atualmente dispondo de apenas 7% de seu volume captável. As atividades irregulares são, em sua maioria, de produtores rurais que interceptam rios sem licenciamento.
Desde a última sexta-feira foram 33 empreendimentos autuados na operação que se iniciou depois de a reportagem do Estado de Minas mostrar, no último dia 22, o descontrole das outorgas em Minas Gerias e a farra das captações clandestinas. Um dos primeiros terrenos fiscalizados foi uma plantação de jiló e abóbora em Igarapé (foto), que tinha outorga de uso insignificante (até 1 l/s), mas faz captação de cerca de 5l/s.
Sem controle
A retirada desenfreada e irregular de água dos rios antes da captação para abastecimento humano agrava a crise hídrica que afeta a Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação provocou a redução da vazão do Rio das Velhas em 10 vezes, passando de uma média de 80m3/s para 7,7m3/s, antes do ponto de captação de tratamento, em Nova Lima, de acordo com a Copasa.
Levantamento feito pelo EM em 500 documentos com as portarias de concessão de uso de água do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) em Ouro Preto, Itabirito, Rio Acima e Nova Lima mostra que somente as outorgas legais para mineração, irrigação, indústria e abastecimento tiram, desde 2010, 2.345,69 litros por segundo (l/s) do rio.
O volume corresponde a 40% dos 5.824 l/s outorgados à Copasa – suficientes para abastecer 650 mil pessoas – e mostra distorções que indicam captações sem licença. Caso da cidade de Rio Acima, que oficialmente consome apenas 4l/s, mas pelo menos 10 empresas de perfuração de poços artesianos da região afirmam abrir média de seis poços por semana. Até a prefeitura capta água sem outorga do Igam.
Os rios fiscalizados abastecem o Sistem Serra Azul, responsável por 8% da água fornecida a Belo Horizonte e o mais fragilizado pela escassez hídrica, atualmente dispondo de apenas 7% de seu volume captável. As atividades irregulares são, em sua maioria, de produtores rurais que interceptam rios sem licenciamento.
Desde a última sexta-feira foram 33 empreendimentos autuados na operação que se iniciou depois de a reportagem do Estado de Minas mostrar, no último dia 22, o descontrole das outorgas em Minas Gerias e a farra das captações clandestinas. Um dos primeiros terrenos fiscalizados foi uma plantação de jiló e abóbora em Igarapé (foto), que tinha outorga de uso insignificante (até 1 l/s), mas faz captação de cerca de 5l/s.
Sem controle
A retirada desenfreada e irregular de água dos rios antes da captação para abastecimento humano agrava a crise hídrica que afeta a Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação provocou a redução da vazão do Rio das Velhas em 10 vezes, passando de uma média de 80m3/s para 7,7m3/s, antes do ponto de captação de tratamento, em Nova Lima, de acordo com a Copasa.
Levantamento feito pelo EM em 500 documentos com as portarias de concessão de uso de água do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) em Ouro Preto, Itabirito, Rio Acima e Nova Lima mostra que somente as outorgas legais para mineração, irrigação, indústria e abastecimento tiram, desde 2010, 2.345,69 litros por segundo (l/s) do rio.
O volume corresponde a 40% dos 5.824 l/s outorgados à Copasa – suficientes para abastecer 650 mil pessoas – e mostra distorções que indicam captações sem licença. Caso da cidade de Rio Acima, que oficialmente consome apenas 4l/s, mas pelo menos 10 empresas de perfuração de poços artesianos da região afirmam abrir média de seis poços por semana. Até a prefeitura capta água sem outorga do Igam.