Jornal Estado de Minas

UFMG não paga contas de luz e água por causa de cortes dos repasses do governo federal

Orçamento da Universidade perdeu R$ 30 milhões e reitor também determinou redução de gastos com limpeza, vigilância e portaria para garantir "o pagamento de bolsas e a execução de projetos acadêmicos"

Álvaro Fraga
As restrições no orçamento do governo federal, determinadas pelo Decreto 8.389/2015, atingiram em cheio a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que foi obrigada a suspender o pagamento das tarifas de água e luz e a reduzir os gastos com limpeza, vigilância e portaria.

Em nota dirigida à comunidade universitária, o reitor Jaime Arturo Ramirez informa nesta quinta-feira que a redução no orçamento da UFMG decorrente dos cortes determinados pelo governo federal foi de R$ 30 milhões, e "que à Reitoria não restou alternativa senão fazer o remanejamento possível de recursos".
Jaime Arturo informa que a suspensão do pagamento das tarifas de água e luz e a redução dos serviços de limpeza, vigilância e portaria objetivam garantir "o pagamento de bolsas e a execução de projetos acadêmicos".

Na nota, o reitor acrescenta que foram feitos cortes adicionais no contingente de pessoal ligado à administração central da universidade, "com o intuito de preservar os projetos acadêmicos e viabilizar a manutenção dos serviços essenciais ao funcionamento da instituição. Jaime Arturo Ramirez conclui assumindo o compromisso de "envidar, de forma sistemática, os esforços necessários junto ao governo federal para que a educação seja considerada setor prioritário no orçamento de 2015." .