Na manhã desta sexta-feira, o Movimento Mineiro pelo Direito dos Animais registrou um pedido de apuração de suspeita de crime ambiental contra os roedores que foram retirados de um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte. Conforme o Boletim de Ocorrência, o grupo apresentou à polícia documentos, representações do Ministério Público e cópias de e-mails enviados pela prefeitura para abalizar a denúncia. A principal suspeita é de que as capivaras estejam morrendo por estresse, fome e por estarem em local inadequado para a espécie.
De acordo com a liderança do movimento, das 52 capivaras capturadas desde o início do processo, aproximadamente 20 já morreram por causa das condições em que estão confinadas. “Fizemos uma solicitação à prefeitura para que fosse feito o trabalho de vasectomização e ligadura de tubas em todas as capivaras, mas a empresa contratada não tinha autorização contratual para cumprir isso.
Ainda segundo a denúncia, por serem animais semi-aquáticos, os roedores sofreram com a seca, principalmente durante o mês de dezembro, o que resultou na morte de vários deles. De acordo com o movimento, foi feito um pedido ao Ministério Público de Minas Gerais para que uma visita técnica em caráter de urgência fosse feita, o que foi autorizado pelas promotorias de saúde e de justiça, que determinaram à prefeitura, que se liberasse a entrada do movimento mineiro de proteção aos animais na Fundação Zoobotânica, local onde as capivaras estão sendo entregues após a captura.
Porém, no dia 27 de fevereiro, o pedido da visita técnica foi reiterado junto ao MP. Segundo o registro feito à polícia, a falta de um resposta da prefeitura de Belo Horizonte fez com que o Movimento Mineiro pelo Direito dos Animais informasse que iria realizar o trabalho nesta sexta-feira, abalizados no Código 255 da Constituição Federal, mas que na última quinta, a assessoria jurídica da Secretaria de Meio Ambiente fez uma ligação á liderança do grupo para informar que a visita não poderia ser feita, sob a justificativa de que a prefeitura precisaria preparar uma equipe de técnicos, mas que estaria disponível para remarcar a data.
A prefeitura de Belo Horizonte informou, por meio da Secretaria de Meio Ambiente Municipal, que todos os procedimentos cabíveis estão sendo tomados para manter a boa saúde dos animais e que não havia nenhuma visita técnica marcada para esta manhã. A secretaria confirmou que algumas capivaras morreram, mas disse que isto ocorreu pelo estado em que elas foram encontradas ou devido ao processo natural da espécie. Conforme a secretaria, questões administrativas e burocráticas prevêem que os nomes dos veterinários que queiram realizar uma visita ao local onde os animais estão abrigados precisam ser entregues com antecedência..