O câncer de colo de útero é a terceira doença que mais mata mulheres no Brasil, conforme levantamento feito pelo Ministério da Saúde. É pensando nisso que o programa de vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) em 2015 vai buscar a imunização das meninas que tenham entre 9 e 11 anos de idade – público-alvo que será mantido para as próximas campanhas – e também de 33,5 mil mulheres de 9 a 26 anos que vivem com o vírus da Aids (HIV) no Brasil. Durante lançamento da campanha de 2015 em Belo Horizonte, o ministro Artur Chioro ressaltou a importância da ajuda dos pais no processo de vacinação, pois a meta de imunização para segunda dose da campanha do ano passado não foi atingida, ficando em cerca de 63%.
"Dessa vez estamos trabalhando com a faixa etária que vai ser a faixa definida permanentemente vacinada. Precisamos do apoio dos pais para que eles compreendam que vacinação é proteção, não é nenhum aval para início de atividade sexual. É exatamente nesse momento que a criança não começou a atividade sexual que o organismo cria as defesas necessárias contra o vírus HPV e portanto, contra o próprio câncer do colo de útero e contra as verrugas vaginais", diz o ministro.
A meninas de 11 a 13 anos que só tomaram a primeira dose da imunização no ano passado também serão vacinadas. As mulheres que sejam portadoras do vírus da Aids poderão receber a vacina em centros de saúde. A expectativa é de que ao menos 80% do público-alvo seja vacinado na capital. Conforme a programação, cada adolescente deverá tomar três doses para completar a imunização. A segunda deve ser tomada seis meses depois e a terceira cinco anos após a primeira dose. O esquema muda um pouco para as mulheres com HIV, que deverão seguir intervalos diferentes. Elas devem receber a segunda e a terceira doses dois e seis meses após a primeira.
CUIDADOS A vacina não substitui outros métodos de proteção que as mulheres devem seguir. Conforme o Ministério da Saúde, os exames e o uso de preservativos não devem ser descartados. Para quem tem entre 25 e 64 anos, o exame de Papanicolau também é recomendado a cada três anos, após dois exames anuais com resultado negativo.
Com informações de Guilherme Paranaíba