As cinzas do mineiro Daniel Uirapuru Guaraci, de 32 anos, devem chegar em Belo Horizonte na próxima quarta-feira. O jovem foi encontrado morto no fim de fevereiro em Cuba. A família acredita que ele foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte – pois a carteira e o dinheiro dele não foram encontrados. Além disso, afirmam que a conta bancária teve movimentação depois do crime. Os parentes criticam o governo do país, por não autorizar que o corpo fosse trazido em caixão fechado e, sim, somente cremado.
Daniel foi para Cuba no meio de 2014 para a formatura de uma prima que estudava medicina. Depois de conhecer o país, voltou para Belo Horizonte. Em janeiro, decidiu retornar à ilha de Fidel com passagem de volta para Belo Horizonte já comprada para 25 de fevereiro. No fim do mês, o drama da família começou após uma ligação de Daniel contando que as coisas não estavam tão bem.
O contato do jovem foi em 18 de fevereiro. Ele conversou com a mãe por alguns minutos. “Daniel afirmou que estava sendo pressionado e que sentia que alguma coisa iria acontecer com ele. Disse que queria voltar e que se tivesse jeito anteciparia a passagem de volta”, conta um familiar, que preferiu não se identificar.
Depois desse dia, nenhum contato do jovem com os familiares foi registrado. Em 25 de fevereiro, dia marcado para o retorno, familiares foram até um aeroporto de São Paulo para receber Daniel, porém, ele não apareceu. “Começamos a procurá-lo. Conseguimos arrumar um rapaz que entendia de informática e ele conseguiu identificar a senha de e-mail dele. Conseguimos telefones e endereços e começamos a entrar em contato com as pessoas”, afirma o parente.
Em uma das ligações para as pessoas em Cuba, um jovem, segundo o familiar, afirmou que Daniel estava muito depressivo e que iria procurá-lo. Dias depois, mandou e-mail dizendo que ele tinha suicidado. “Não acreditamos nessa versão. Ele tinha muitos planos na vida. Isso não aconteceu”, contesta.
Na última terça-feira, o pai da prima de Daniel, que já morou em Cuba, foi até o país para tentar obter informações sobre a morte e fazer a liberação do corpo que foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) como indigente, mas enfrentou dificuldades. “Ele esteve na Medicina Legal com o cônsul brasileiro, mas não deixaram que eles vissem o corpo. Somente um dia e meio depois é que conseguiram. O corpo estava todo maquiado, sem marcas de tiros, facadas. No pescoço esconderam marcas roxas. Tentamos trazer o corpo em caixão lacrado para fazer autópsia aqui, mas o governo cubano não deixou”, conta o familiar do escritor.
Na sexta-feira à noite, o corpo foi cremado, pois era a alternativa dada pelo governo cubano, conforme os familiares. Os parentes acreditam que o jovem foi vítima de latrocínio, pois não encontraram a carteira e o dinheiro de Daniel. “Depois do dia 19, que foi a data da morte, a conta dele também foi mexida”, comenta.
A previsão da família é que as cinzas do jovem cheguem em Belo Horizonte na próxima quarta-feira. Nenhuma cerimônia de despedida foi marcada pelos parentes. Daniel é formado em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O em.com.br entrou em contato com o Itamaraty, que ficou de enviar uma nota sobre o caso. Porém, até o fim desta reportagem, a resposta não tinha chegado.
Daniel foi para Cuba no meio de 2014 para a formatura de uma prima que estudava medicina. Depois de conhecer o país, voltou para Belo Horizonte. Em janeiro, decidiu retornar à ilha de Fidel com passagem de volta para Belo Horizonte já comprada para 25 de fevereiro. No fim do mês, o drama da família começou após uma ligação de Daniel contando que as coisas não estavam tão bem.
O contato do jovem foi em 18 de fevereiro. Ele conversou com a mãe por alguns minutos. “Daniel afirmou que estava sendo pressionado e que sentia que alguma coisa iria acontecer com ele. Disse que queria voltar e que se tivesse jeito anteciparia a passagem de volta”, conta um familiar, que preferiu não se identificar.
Depois desse dia, nenhum contato do jovem com os familiares foi registrado. Em 25 de fevereiro, dia marcado para o retorno, familiares foram até um aeroporto de São Paulo para receber Daniel, porém, ele não apareceu. “Começamos a procurá-lo. Conseguimos arrumar um rapaz que entendia de informática e ele conseguiu identificar a senha de e-mail dele. Conseguimos telefones e endereços e começamos a entrar em contato com as pessoas”, afirma o parente.
Em uma das ligações para as pessoas em Cuba, um jovem, segundo o familiar, afirmou que Daniel estava muito depressivo e que iria procurá-lo. Dias depois, mandou e-mail dizendo que ele tinha suicidado. “Não acreditamos nessa versão. Ele tinha muitos planos na vida. Isso não aconteceu”, contesta.
Na última terça-feira, o pai da prima de Daniel, que já morou em Cuba, foi até o país para tentar obter informações sobre a morte e fazer a liberação do corpo que foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) como indigente, mas enfrentou dificuldades. “Ele esteve na Medicina Legal com o cônsul brasileiro, mas não deixaram que eles vissem o corpo. Somente um dia e meio depois é que conseguiram. O corpo estava todo maquiado, sem marcas de tiros, facadas. No pescoço esconderam marcas roxas. Tentamos trazer o corpo em caixão lacrado para fazer autópsia aqui, mas o governo cubano não deixou”, conta o familiar do escritor.
Na sexta-feira à noite, o corpo foi cremado, pois era a alternativa dada pelo governo cubano, conforme os familiares. Os parentes acreditam que o jovem foi vítima de latrocínio, pois não encontraram a carteira e o dinheiro de Daniel. “Depois do dia 19, que foi a data da morte, a conta dele também foi mexida”, comenta.
A previsão da família é que as cinzas do jovem cheguem em Belo Horizonte na próxima quarta-feira. Nenhuma cerimônia de despedida foi marcada pelos parentes. Daniel é formado em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O em.com.br entrou em contato com o Itamaraty, que ficou de enviar uma nota sobre o caso. Porém, até o fim desta reportagem, a resposta não tinha chegado.