O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) apresentou relatório, nesta segunda-feira, que favorece a declaração de estado de escassez hídrica na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Este era o sinal verde para a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) tomar medidas de racionamento de água. A presidente da empresa, Sinara Inácio Meireles Chenna, confirmou que as propostas serão enviadas para a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae). A previsão é que as medidas entrem em vigor a partir de maio.
Quando a Copasa começou a divulgar os níveis dos reservatórios diariamente, o Sistema Paraopeba apresentava 30,03% de sua capacidade. Rio Manso estava com 44,78%, Vargem das Flores com 27,72% e Serra Azul 5,80%. Nesta segunda-feira, o Sistema Paraopeba está em 30,5%, Rio Manso com 43,1%, Vargem das Flores em 30%, e Serra Azul, que vem em um constante aumento, com 9,6%. Índices considerados, ainda, baixos.
Entre os modelos de racionamento que podem ser adotados, estão o rodízio, redução da vazão, manejo interno do fluxo e alternância dos dias de abastecimento por região. Além disso, a sobretaxa para as pessoas que tiverem grande consumo de água também pode entrar em vigor. O secretário estadual de Planejamento Helvécio Magalhães, coordenador da força-tarefa, afirmou que as medidas podem começar a ser adotadas já em maio.
O secretário também disse que Minas Gerais está buscando parcerias com três governo estrangeiros que conseguiram reduzir drasticamente o desperdício de água nas últimas décadas: Japão, Catalunha e Holanda. “Vamos fazer acordos de cooperação com esses governos para trazer a Minas Gerais esses sistemas que se mostraram bastante eficazes. O Japão, por exemplo, conseguiu reduzir o desperdício de água de 30% na década de 80 para 8% atualmente”, destacou.