Uma força-tarefa foi montada para apurar a morte do estudante Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, que estava desaparecido desde sábado e foi encontrado morto dentro da Universidade Federal de Viçosa (UFV) nessa segunda-feira. O delegado Bruno Mazzin afirmou nesta terça-feira que o caso já é tratado como homicídio. Porém, não indicou nenhum suspeito pelo assassinato. O corpo do adolescente foi enterrado nesta manhã em Raul Soares, na Zona da Mata.
Gabriel era da cidade de Ponte Nova e foi até Viçosa na sexta-feira para participar da festa Entornando o Béquer 2015, promovida pela República Qkické em um sítio da cidade. Ele estava acompanhado de uma jovem de 19 anos, inicialmente identificada como sua namorada, e amigos. Ela e outras testemunhas foram ouvidas ontem pelo delegado.
Conforme as investigações, a jovem negou ser namorada de Gabriel, mas disse manter um relacionamento com ele. Ela disse que saiu da festa às 3h de sábado e por volta das 6h soube que ele ainda não havia chegado em casa. A polícia foi informada que Gabriel havia sido visto sozinho na rodovia que liga São José do Triunfo a Viçosa por volta das 3h30. Desde então, o rapaz foi dado como desaparecido.
Familiares e amigos se mobilizaram nas redes sociais para tentar localizar o adolescente. Uma foto do estudante, com a descrição das roupas que ele usava e telefones de contato foi compartilhada pelo Facebook. No entanto, na segunda-feira, veio a notícia trágica. O corpo de um rapaz havia sido encontrado em um buraco em uma área verde dentro do câmpus da universidade, sem roupas, documentos e objetos pessoais. Segundo a polícia, ele foi reconhecido por amigos e um tio que estavam no local. A causa da morte não pôde ser definida, pois o corpo se encontrava em estado avançado de decomposição.
O delegado Bruno Mazzin infomou que policiais da delegacia da cidade montaram uma força-tarefa para poder esclarecer as circunstâncias do crime o mais rápido possível. O caso já é tratado por eles como homicídio.
Universidade lamenta morte
A UFV publicou nota, nesta terça-feira, lamentando a morte do jovem. A instituição esclareceu que o adolescente não era estudante do local e que o corpo foi encontrado nas proximidades da BR-120, a aproximadamente cinco quilômetros do campus de Viçosa. Conforme a Universidade, o local é uma área experimental onde são realizadas atividades somente durante o dia. Afirmou, ainda, que a vigilância atua por meio de ronda, não permanecendo ali 24 horas.
Esclareceu, também, que a festa onde o adolescente foi visto pela última vez aconteceu fora da Universidade em uma propriedade particular. “Qualquer fato ocorrido durante esses eventos, que não são realizados no campus universitário, é de responsabilidade de seus organizadores. Contudo, a administração da UFV tem mantido um permanente diálogo com entidades representativas dos estudantes para orientá-los no sentido de promover eventos de recepção aos calouros que primem pelo acolhimento aos novatos, sem o uso abusivo de bebidas alcoólicas”, diz o documento.