O julgamento dos médicos acusados de matar e remover os órgãos do garoto Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, que caiu do prédio onde morava, em abril de 2000, em Poços de Caldas, no Sul de Minas, é novamente adiado. O júri aconteceria nesta quarta-feira no 1º Tribunal do Júri, em Belo Horizonte. Porém, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou o pedido de liminar de um dos réus. Os advogados argumentaram que um dos depoimentos previstos seria ilegal.
O pedido de liminar foi feito nessa segunda-feira. Os advogados do nefrologista Álvaro Ianhez, um dos réus do processo, alegou que a videoconferência que seria realizada com o pai do menino, que atualmente mora em Londres, na Inglaterra, seria ilegal. O depoimento seria feito através do Skype, o que os defensores consideraram “completa revelia dos meios legais de prova e afronta à plenitude da defesa”.
Os advogados também afirmaram que a suspensão seria necessária para evitar a consumação de prova manifestamente inadmissível e a nulidade do julgamento popular.
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Outros réus
Sobre esse mesmo caso, já estão condenados os médicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e o anestesista Sérgio Poli Gaspar. Eles tiveram o benefício de responder o processo em liberdade, por meio de um habeas corpus, e deixaram a cadeia em maio deste ano. O juiz Narciso de Castro condenou os três respectivamente a 18, 17 e 14 anos de prisão em fevereiro de 2013, pela morte do garoto, que ocorreu em 2000.