Motoristas de táxis de Belo Horizonte cobraram da BHTrans nesta quarta-feira mais fiscalização aos taxistas de outras cidades que rodam pela capital mineira. Os profissionais alegam que estão perdendo passageiros para o grupo que não tem autorização para o serviço. A reivindicação foi feita durante o Fórum Permanente de Taxistas. A empresa que administra o trânsito na capital se comprometeu a criar uma comissão para discutir o caso e intesificar a ação contra os clandestinos, incluindo os motoristas particulares que angariam passageiros pelo aplicativo Uber.
De acordo com o presidente do sindicato da categoria (Sincavir), Ricardo Faedda, as irregularidades são vistas diariamente nas ruas da capital mineira. “São motoristas não conveniados com o município de Belo Horizonte que estão rodando por aqui. Vemos, por exemplo, taxistas de Vespasiano, Lagoa Santa, Confins, Santa Luiza, Betim, entre outros”, comenta.
As fiscalizações também se estenderiam aos motoristas particulares que utilizam o aplicativo Uber para angariar passageiros. Porém, não são autorizados a executarem os serviços. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) já abriu inquérito e apura a situação desses condutores.
Segundo a BHTrans, ficou acordado entre os órgãos competentes intensificar a fiscalização aos operadores clandestinos que transportam passageiros, seja de outras cidades que não possuem convênio com a Prefeitura de Belo Horizonte, ou de motoristas que usam carros particulares para atender a clientes de aplicativos de celular.
Uma comissão de representantes das diversas entidades envolvidas será formada para se reunir com a Polícia Militar e a Guarda Municipal para tratar a questão da fiscalização ostensiva, uma vez que, desde o final de 2009, por decisão judicial, a BHTRANS está impedida de aplicar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Durante o Fórum, a empresa esclareceu que os convênios já existentes com as cidades de Contagem, Ibirité, Ribeirão das Neves e Sabará foram firmados após estudos operacionais e de demanda de usuários e estabelece-se regras para a operação. Atualmente, Belo Horizonte tem 6.992 permissões autorizadas.
Vereadores que participaram do encontro propuseram fazer uma audiência pública na Câmara para discutir o assunto. Porém, a data do encontro ainda não foi marcado.