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Estado de Minas

Policial civil é suspeito de matar cachorro a tiros em depósito de gás na Pampulha

Dono do animal diz que o homem ficou nervoso depois que a cadela, da raça Pastor Alemão, fugiu de um depósito de gás e foi em direção a mulher dele


postado em 11/03/2015 18:40 / atualizado em 11/03/2015 19:04

Cadela foi atingida por um tiro no peito e não resistiu aos ferimentos(foto: Reprodução)
Cadela foi atingida por um tiro no peito e não resistiu aos ferimentos (foto: Reprodução)

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte de uma cachorra no Bairro Santa Amélia, na Região da Pampulha. Os donos do animal acusam um policial civil como o autor de tiros que atingiram o animal. O homem ficou nervoso depois que a cadela, da raça Pastor Alemão, fugiu de um depósito de gás e foi em direção a mulher dele. Testemunhas informaram que o animal não chegou a morder ou avançar. Os envolvidos prestarão depoimento na próxima sexta-feira.

A confusão aconteceu na última sexta-feira na Rua Jeferson de Oliveira, esquina com Alair Marques Rodrigues, por volta das 17h40. Funcionários e vizinhos ao depósito de gás afirmam que a cadela Pitty saiu da empresa e foi para a rua. “Foi um descuido meu ao abrir o protão para pegar um cilindro. A cachorra foi para a rua e foi em direção da pedestre. Como é uma pastora alemã bem grande e cuidada, a mulher levou um susto e correu para o outro lado da rua. Mas, a cachorra nem chegou nem perto dela. Em seguida, pôs a mão na cabeça assustada”, conta um funcionário que não quis se identificar.

Segundo o homem, ele chamou a cachorra novamente e ela entrou novamente no depósito. Porém, a mulher ficou revoltada. “Pedi desculpas para a mulher e disse que foi um descuido meu. Mas, ela começou a me xingar e depois saiu andando”, comenta.

Minutos mais tarde, a mulher voltou em um carro junto com um homem, que seria um policial civil, e parou em frente ao depósito. O motorista desceu do carro e foi em direção ao depósito. Foi neste momento em que começou uma discussão. “Ele me perguntou porque eu estava instigando a cachorra contra a mulher dele, mas disse que isso não aconteceu e que pedimos desculpas a ela. Depois, ameaçou atirar em mim e em minha cachorra e eu falei para ele fazer o que quisesse”, afirma o dono do depósito, Hiram José Marques.

Neste momento, segundo Marques, o policial sacou a arma e atirou na cadela. “Ele apontou para mim, colocou a mão entre a grade e atirou na cachorra. Depois saiu friamente e foi embora”, disse. Pitty foi levada rapidamente para um veterinário, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Toda a cena aconteceu na frente do filho de Marques, de apenas 5 anos. “Ele tinha acabado de chegar da escola e presenciou tudo. Agora está traumatizado com a situação. Fica me perguntando aonde a cachorra está enterrada e dizendo que quer ela de volta. Chegou até a não querer ir a escola”, revela o dono do depósito.

Mesmo temendo represálias, ele procurou a corregedoria da Polícia Civil e a Polícia Militar (PM). Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o inquérito será comandado pelo delegado Mateus Cobucci. Todas as pessoas envolvidas no caso vão prestar depoimento. As oitivas terão início na próxima sexta-feira.

O em.com.br tentou contato com o policial apontado como o autor dos disparos, porém, ele não foi encontrado.


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