Landercy Hemerson
Alunos, professores e funcionários da Univeridade Federal de Minas Gerais (UFMG) farão um manifesto na segunda-feira em frente à reitoria, no câmpus Pampulha, contra o corte de R$ 30 milhões no orçamento da instituição. Em decorrência da redução de verba da União, funcionários terceirizados que atuavam na segurança, limpeza e manutenção foram demitidos, além do não pagamento de contas de água e luz. Cristina del Papa, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores de Instituições Federais (Sindifes), explica que a iniciativa da manifestação foi dos estudantes, mas que terá participação dos educadores, diante da crise financeira imposta pelo corte. “Criou-se uma situação de caos, com prejuízo para toda a comunidade universitária”.
Cristina lembra que, além de afetar a educação, a redução de verba atinge a saúde. “O Sindifes no começo do ano denunciou a falta de materiais, insumos e medicamentos no Hospital das Clínicas (HC). Houve redução de internações e atendimentos, suspensão de cirurgias, por não haver condições de trabalho. O corte orçamentário então causou a demissão de pessoal manutenção, limpeza, portaria e agora da vigilância. No câmpus da Pampulha, circulam 50 mil pessoas por dia, é uma cidade dentro de BH. A série de contenções na vigilância, um setor crucial para proteção das pessoas e patrimônio, prejudica toda unidade da UFMG”, denunciou.
Apesar de a situação na Pampulha ainda parecer dentro da normalidade, funcionários dos setores afetados já denunciam sobrecarga de trabalho e falta de pessoal em serviços importantes para as atividades pedagógicas.