Detentos do Presídio Floramar, em Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas Gerais, se revoltaram com a suspensão da visita de familiares no último fim de semana e fizeram um tumulto na unidade. A presença de parentes na cadeia foi impedida pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) por causa da suspeita de meningite em um dos presos.
O preso Marcelo José de Oliveira, de 41 anos, começou a passar mal na última sexta-feira. Se queixando de dores na cabeça, recebeu os primeiros atendimentos na cela onde se encontrava. Em seguida, foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Ele passou por exames, que ainda não estão prontos. A suspeita dos médicos, segundo a Suapi, é que ele esteja como Meningite Meningocócica.
A proibição das visitas causou revolta de detentos, que começaram um tumulto por volta das 9h30 do último sábado. O Grupo de Intervenção Rápida do Sistema Prisional (GIR) conseguiu controlar a situação por volta das 12h, conforme a Suapi. Ninguém ficou ferido e nenhum dano ao patrimônio foi registrado.
De acordo com a Suapi, servidores de saúde da Superintendência de Atendimento ao Preso, da Subsecretaria de Administração Prisional já estão na unidade para acompanhar o caso.
A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro, e pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos. Os principais sinais e sintomas são febre alta que começa abruptamente; dor de cabeça intensa e contínua; vômitos em jato; náuseas; rigidez de nuca; podem surgir pequenas manchas vermelhas na pele.
A transmissão é de pessoa a pessoa, por via respiratória. Por isso, a principal forma de prevenção é a detecção e o tratamento precoce dos casos, evitando que a doença seja transmitida a outras pessoas. O tratamento é feito com antibióticos específicos.
Ceresp Gameleira
Tumulto também foi registrado na manhã desta segunda-feira no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte. Presos queimaram colchões e jogaram no corredor de um dos pavilhões. Muita fumaça, gritos e bombas foram vistas por vizinhos no local.
Conforme a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), A movimentação teve início por volta das 7h30 e foi resolvida aproximadamente em 30 minutos. Um procedimento interno foi aberto para apurar o ocorrido. (Com informações de Luana Cruz)