A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) controlou a quarta confusão de presos em menos de uma semana em presídios mineiros. Somente nesta segunda-feira, detentos colocaram fogo em colchões no Presídio de Jaboticatubas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e também no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, na Região Oeste. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que não há ligação entre os casos.
A última ocorrência terminou na tarde desta segunda-feira. Conforme a Suapi, detentos do Presídio de Jabuticatubas colocaram fogo em pedaços de roupas e colchões. Em seguida, jogaram o material em chamas dentro de lixeiras nos corredores da unidades. Agentes de segurança conseguiram conter o fogo. Ninguém ficou ferido.
A situação foi resolvida por volta das 15h. Não foi informado o motivo da revolta dos detentos. Um procedimento interno foi aberto para apurar o caso. A rotina da unidade segue normal.
Mais cedo, um tumulto também foi registrado no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte. Presos queimaram colchões e jogaram no corredor de um dos pavilhões. Vizinhos afirmam que viram fumaça saindo do local e ouviram gritos e barulhos de bombas.
Conforme a Seds, a movimentação teve início por volta das 7h30 e foi resolvida aproximadamente em 30 minutos. Um procedimento interno foi aberto para apurar o ocorrido.
No sábado, presos do Presídio Floramar, em Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas Gerais, se revoltaram com a suspensão da visita de familiares. A presença de parentes na cadeia foi impedida pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) por causa da suspeita de meningite em um dos presos.
Marcelo José de Oliveira, de 41 anos, começou a passar mal na última sexta-feira. Se queixando de dores na cabeça, recebeu os primeiros atendimentos na cela onde se encontrava. Em seguida, foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Ele passou por exames, que ainda não estão prontos. A suspeita dos médicos, segundo a Suapi, é que ele esteja como Meningite Meningocócica.
Para evitar o contágio da doença entre os outros detentos, todos que estavam na mesma cela de Marcelo foram medicados e estão em observação. Segundo a Suapi, o mesmo procedimento está sendo feito com outros presos do pavilhão. Por causa da situação, a direção do presídio decidiu cancelar a visita de parentes no fim de semana.
A proibição das visitas causou revolta de detentos, que começaram um tumulto por volta das 9h30 do último sábado. O Grupo de Intervenção Rápida do Sistema Prisional (GIR) conseguiu controlar a situação por volta das 12h, conforme a Suapi. Ninguém ficou ferido e nenhum dano ao patrimônio foi registrado.
De acordo com a Suapi, servidores de saúde da Superintendência de Atendimento ao Preso, da Subsecretaria de Administração Prisional já estão na unidade para acompanhar o caso.
Betim
A primeira confusão foi registrada na terça-feira da semana passada. Um grupo de detentos do Ceresp Betim fizeram uma rebelião de aproximadamente 30 minutos. De acordo com Suapi, os detentos colocaram fogo em pedaços de colchão e, em seguida, jogaram o material no pátio da unidade. Os presos reclamaram de falta d'água e superlotação.
Em nota, a Suapi informou que a manifestação começou por volta das 13h30, mas foi resolvida rapidamente. O Comando de Operações Especiais (Cope) da Subsecretaria de Administração Prisional foi acionado para realizar buscas nas celas.
Fuga
Nesse domingo, seis presos fugiram da cadeia pública de Vazante, no Noroeste de Minas, depois de uma rebelião. Segundo a Polícia Civil, o motim começou quando um agente penitenciário se preparava para servir o café da manhã. Os presos serraram parte da cela onde estavam, renderem o homem e o agrediram. Em seguida, o grupo com 11 detentos fugiu e ainda destruiu parte do material do setor administrativo da cadeia.
A cadeia abriga 51 presos e, de acordo com a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), eles serão transferidos para outras unidades prisionais da região. Cinco detentos foram recapturados.
A cadeia é administrada pela Polícia Civil.