As capivaras da Lagoa da Pampulha que já foram capturadas vão continuar presas em um cercado em um parque da região. A Justiça suspendeu a ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) que pedia a soltura dos animais. Uma audiência de conciliação foi marcada para 14 de abril para discutir o assunto. Parte dos roedores que estão presos apresentam contaminação de febre maculosa.
A Prefeitura recorreu da ação que foi julgada nesta segunda-feira pelo juiz Itelmar Raydan, do Tribunal Regional Federal (TRF). O magistrado acatou os argumentos da PBH de que a soltura poderia causar riscos à saúde dos moradores. Uma audiência de conciliação foi marcada no próximo mês.
O vice-prefeito de Belo Horizonte e Secretário Municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, reitera os riscos que os moradores estão sujeitos. “Soltar os animais com alto índice de contaminação, estaremos voltando a colocar em risco a saúde população, o patrimônio público, e os voos da Pampulha, porque as capivaras entram na pista”, comentou.
As ações para a captura das capivaras começaram em setembro do ano passado. Ao todo, segundo a prefeitura, 46 roedores foram capturados e levados para o Parque Ecológico da Pampulha. Os animais passaram por exames, e 28 apresentaram contaminação pela bactéria causadora da febre maculosa. São elas que irão passar pelo procedimento.
Em 6 de março, a polícia abriu inquérito para apurar denúncias de maus-tratos feitas pelo
Movimento Mineiro pelo Direito dos Animais. O grupo afirma que há um alto índice de mortandade dos roedores em cativeiro. A ação do MP para a soltura das capivaras foi protocolada quatro dias depois.