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Estado de Minas

Justiça decide manter capivaras em cativeiro dentro de parque na Pampulha

A Justiça acatou o pedido da Prefeitura de Belo Horizonte e suspendeu a ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) que pedia a soltura dos animais


postado em 16/03/2015 19:40 / atualizado em 16/03/2015 19:48

As capivaras da Lagoa da Pampulha que já foram capturadas vão continuar presas em um cercado em um parque da região. A Justiça suspendeu a ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) que pedia a soltura dos animais. Uma audiência de conciliação foi marcada para 14 de abril para discutir o assunto. Parte dos roedores que estão presos apresentam contaminação de febre maculosa.

O pedido do Ibama foi feito através do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Na ação, o órgão argumenta que o prazo para o confinamento das espécies no local expirou. Além disso, a taxa de mortandade e desaparecimento de animais mantidos nas dependências do parque da Pampulha beira os 50%. Também abriu investigação para apurar maus-tratos contra os animais.

A Prefeitura recorreu da ação que foi julgada nesta segunda-feira pelo juiz Itelmar Raydan, do Tribunal Regional Federal (TRF). O magistrado acatou os argumentos da PBH de que a soltura poderia causar riscos à saúde dos moradores. Uma audiência de conciliação foi marcada no próximo mês.

O vice-prefeito de Belo Horizonte e Secretário Municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, reitera os riscos que os moradores estão sujeitos. “Soltar os animais com alto índice de contaminação, estaremos voltando a colocar em risco a saúde população, o patrimônio público, e os voos da Pampulha, porque as capivaras entram na pista”, comentou.

As ações para a captura das capivaras começaram em setembro do ano passado. Ao todo, segundo a prefeitura, 46 roedores foram capturados e levados para o Parque Ecológico da Pampulha. Os animais passaram por exames, e 28 apresentaram contaminação pela bactéria causadora da febre maculosa. São elas que irão passar pelo procedimento.

Em 6 de março, a polícia abriu inquérito para apurar denúncias de maus-tratos feitas pelo
Movimento Mineiro pelo Direito dos Animais. O grupo afirma que há um alto índice de mortandade dos roedores em cativeiro. A ação do MP para a soltura das capivaras foi protocolada quatro dias depois.


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