O novo plano de captura dos animais foi anunciado um dia depois que a Justiça Federal suspendeu a ação do Ibama que pedia a soltura dos animais. Segundo o vice-prefeito, a estratégia para prender as capivaras já estava pronta antes da decisão. “Vamos fazer a nossa parte. A captura dos remanescentes será feita pelos próprios funcionários da PBH. Será da forma passiva, quando se coloca a seva e atrai os roedores até as armadilhas”, comentou Malheiros.
Depois de serem capturadas, as capivaras passarão por exames para detectar se estão ou não com febre maculosa. Se o resultado der positivo, a prefeitura espera uma medida do Ibama, assim como a definição para um novo habitat. “O Ibama que tem que decidir essa situação. O local também é com eles. Não vamos soltar animais doente”, diz o vice-prefeito.
Ao todo, segundo a prefeitura, 46 roedores foram capturados e levados para o Parque Ecológico da Pampulha. Os animais passaram por exames, e 80% apresentaram contaminação pela bactéria causadora da febre maculosa. Atualmente, 27 animais seguem recolhidos e outros 30, conforme estimativa da administração municipal, seguem soltas ao longo da lagoa.
Foi por causa das mortes das capivaras que estavam presas que o Movimento Mineiro pelo Direito dos Animais fez denúncia ao Ibama e a Polícia Civil. Diante disso, o órgão entrou na Justiça pedindo a soltura. A Prefeitura rebate as acusações e diz que não há maus-tratos contra os animais. “As capivaras são bem tratadas, tem alimentação e a saúde é cuidada. A vida média das capivaras são de seis anos e muitas estavam velhas.
Decisão na Justiça
O pedido do Ibama para a soltura dos animais foi feito através do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Na ação, o órgão argumenta que o prazo para o confinamento das espécies no local expirou. Além disso, a taxa de mortandade e desaparecimento de animais mantidos nas dependências do parque da Pampulha beira os 50%. Também abriu investigação para apurar maus-tratos contra os animais.
A Prefeitura recorreu da ação que foi julgada nesta segunda-feira pelo juiz Itelmar Raydan, do Tribunal Regional Federal (TRF). O magistrado acatou os argumentos da PBH de que a soltura poderia causar riscos à saúde dos moradores. .