Depois de mais de cinco horas de protestos em rodovias da Região Metropolitana de Belo Horizonte e no interior de Minas, integrantes de movimentos sociais liberaram as vias. O fim da manifestação foi definido depois de aberto um canal de diálogo com o governo do estado, com o agendamento de uma reunião com o secretário de governo Odair Cunha, ainda não confirmado pelo governo. O encontro foi marcado para as 15h, na Cidade Administrativa.
Durante toda a manhã, policiais militares e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) negociaram a saída dos grupos, mas a a liberação total das rodovias se deu por volta de 12h30. Uma pequena mobilização também ocorreu na Avenida Presidente Antônio Carlos, em frente ao câmpus da UFMG, mas se dispersou rapidamente.
A situação ficou mais tensa no protesto no Anel Rodoviário, altura do Bairro São Francisco, onde houve atos de vandalismo e duas prisões. Os homens foram detidos por jogar pedras e pedaços de pau em policiais militares que acompanhavam a manifestação. Nos demais pontos de interdição, foi necessária a intervenção do Corpo de Bombeiros para apagar o fogo nos pneus. Na MG-010, o clima ficou tenso pouco antes do encerramento do protesto porque o Batalhão de Choque exigiu a saída dos manifestantes, que demoraram a atender a determinação
Com tantas interdições, o trânsito ficou caótico não somente nas vias bloqueadas, mas em avenidas do entorno. Motoristas enfrentaram longos engarrafamentos por toda a manhã nas avenidas Antônio Carlos, Pedro I, Cristiano Machado e Nossa Senhora do Carmo – reflexo das interdições interdições por protestos.
A mobilização desta quarta-feira foi organizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), moradores de ocupações, Brigadas Populares e movimentos da Frente de Resistência Urbana. Os protestos fazem parte do Dia Nacional de Lutas que acontece em 13 estados.
(Com informações de Rafael Passos)