Ele conta que reside em Belo Horizonte, mas que constantemente viaja ao interior do estado para trabalhar em propriedades rurais. Na última sexta-feira ele chegou a conversar por telefone com a esposa para informar que iria voltar para casa no sábado ou domingo. “Ele tem o costume de avisar pra gente quando vai viajar de volta. Porém, durante esses dias eu tive vários pesadelos com ele e cheguei a telefonar para a fazenda onde ele trabalhava, mas o telefone dava fora de área. Não comunicamos aos bombeiros e nem à PM porque ele havia dito que votaria durante o fim de semana”, diz Vilma Cardoso, 46, esposa de Antonio.
Sem celular, o trabalhador disse que no sábado saiu da fazenda com seu cavalo e que se perdeu na volta para casa.
“Estava sangrando muito e passei a fazer orações para que alguém me salvasse. Na manhã de domingo em comecei a me arrastar para tentar buscar socorro. Eu achei um córrego e mergulhei, porque a correnteza levava para uma outra fazenda da área. Quando cheguei mais próximo e saí da água voltei a sentir dores muito fortes e não consegui me locomover mais”, diz o Antônio.
Apenas na segunda-feira de manhã, o trabalhador conseguiu improvisar muletas com galhos de árvore e chegar até o curral da fazenda, onde os funcionários do local acionaram uma ambulância. Quando chegou ao pronto-socorro da cidade, ele pediu que comunicassem o acidente ao seu patrão e aos familiares.
O homem foi transferido para Sete Lagoas, onde foi operado e se recupera do trauma físico e psicológico que passou. Porém, dona Vilma pede ajuda para conseguir trazer o marido para Belo Horizonte, onde ficará mais perto de casa e da família. “O Hospital de Sete Lagoas não oferece alimentação e isso fica bem caro para nós. Conversei com a enfermeira e a previsão é de que ele fique internado mais 30 dias porque ele contraiu uma infecção no ferimento”, completa a esposa. .