A análise das águas é feita com base em 16 parâmetros, que incluem a avaliação de níveis de oxigênio, fósforo, o PH e aspecto visual. O resultado será avaliado em cinco níveis, péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos), e ótimo (cima de 40 pontos).
Em Minas Gerais, apenas os três rios foram analisados no levantamento. O Rio Mutum e o Córrego São José tiveram pontuação entre 21 a 26 pontos, ou seja, a água foi considerada ruim.
Os resultados seguem a tendência nacional. Conforme o levantamento, dos 186 pontos medidos, 61,8% apresentaram qualidade da água regular, 65, ou 21,6%, foram classificados como ruins e 5, ou 1,7%, apresentaram situação péssima. Dos mananciais pesquisados apenas 45, ou 15%, apresentaram boa qualidade da água. Vale ressaltar que eles estão localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas. Nenhum local analisado foi avaliado como ótimo.
Para Malu Ribeiro, coordenadora da rede das águas S.O.S Mata Atlântica, o mau resultado de Minas e dos outros estados é consequência de uma série de empecilhos. “Todos tem a mesma tragédia em comum. Primeiro lugar é a falta de recurso e falta de tratamento de esgoto. Os mananciais recebem pouquíssimo esgoto tratado. Em segundo lugar, o desmatamento e a perda de mata ciliar no entorno dos rios e mananciais. Essa mata que faria, no período de chuva, a barragem de resíduos e poluentes”, comentou em entrevista na tarde desta quarta-feira. .