O primeiro Corredor Ecológico de Minas Gerais, que fica entre as cidades de Simonésia e Caratinga, na Zona da Mata do estado, vai receber um plano de preservação. O Comitê Gestor do Corredor Ecológico Sossego-Caratinga discutiu esta semana as ações prioritárias, diante de questões levantadas pela população local, para proteger as nascentes e remanescentes vegetais, além de promover a regularização ambiental das propriedades na área verde.
Representantes do Instituto Estadual de Florestas (IEF), prefeituras e organizações da região de Caratinga participaram da discussão. A próxima reunião, marcada para 28 de abril, será feita para finalizar o regimento interno que vai definir como atuará o Comitê e quais serão os membros dos cinco grupos temáticos. Os temas Agroecologia e sistemas agroflorestais, Políticas Públicas Para Conservação, Pesquisa Científica, Fomento ao Turismo, Comércio e Economia e Educação Ambiental e Divulgação serão trabalhados separadamente. A cada quatro meses todos o comitês se reúnem para unificar o andamento do projeto. Depois de publicada esta composição, começam as ações.
O objetivo principal do projeto é promover a conexão de áreas de Mata Atlântica da região tendo como eixo de ligação as Reservas Particulares do Patrimônio Natural Mata do Sossego, em Simonésia, e Feliciano Miguel Abdala, em Caratinga. O plano prevê ações em uma área de 66.424,5607 hectares que está inserida em sete municípios: Caratinga, Simonésia, Manhuaçu, Ipanema, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas e Piedade de Caratinga. O principal objetivo do projeto é priorizar e unificar investimentos e esforços para a conservação e recuperação dessas áreas.
O projeto Corredor Ecológico Sossego-Caratinga foi criado em 2014 fruto de uma parceria entre o IEF e a Fundação Biodiversitas. A região está inserida no bioma Mata Atlântica e abriga rica biodiversidade, incluindo espécies ameaçadas, em especial o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxantus), considerado criticamente ameaçada de extinção.