Polícia investiga quadrilha de roubo de cargas de combustíveis de aviação em Minas

A Polícia Civil de Minas investiga uma quadrilha de roubo de cargas de combustíveis de aviação que interceptava caminhões tanque na BR-040. O grupo é responsável por pelo menos oito roubos nos últimos 10 meses, no trecho entre Sete Lagoas e Três Marias, trajeto feito pelos veículos que transportam querosene da Refinaria Gabriel Passos em Betim, na Grande BH, para Brasília (DF).

A Operação Tank, montada pela Divisão de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil de Minas Gerais, apura o roubo e a receptação desses combustíveis conhecidos como QAV1 ou JET-A1. Roubada em território mineiro, a querosene era levada para o interior de São Paulo, onde os policiais estão desde ontem buscando suspeitos.

Na quarta-feira, os investigadores apreenderam uma carreta-tanque que transportava 45 mil litros de combustível, sem nota fiscal, na cidade de Paulínea. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) colheu amostra do material para análise e quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Polícia Civil daquela cidade, para prestar esclarecimentos, sendo liberados em seguida. A polícia investiga o envolvimento dessas pessoas na quadrilha e analisa se esta carga foi roubada em Minas. Nesta quinta-feira, policiais continuam as investigações em Itupeva (SP).

Os policiais vão cumprir mandados de busca e apreensão em distribuidoras de combustível suspeitas de receptação de querosene de aviação. De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha é de São Paulo e já deu um prejuízo de mais de meio milhão de litros do combustível roubados.

Identificados

A organização criminosa tem cerca de oito integrantes, alguns já identificados pela polícia. Eles geralmente abordam motoristas de caminhões tanque que fazem o transporte da carga da refinaria da Petrobras, em Betim. Conforme a polícia, o esquema é lucrativo porque o preço médio do querosene de aviação fica entre R$ 7 a R$ 8 o litro.

A operação conta com o apoio da Polícia Civil de São Paulo e a participação da ANP, que está colhendo amostras dos materiais armazenados nas distribuidoras para análises posteriores.