Estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se mobilizaram, no fim da manhã desta quinta-feira, na porta dos dois bandejões no câmpus Pampulha para manifestar contra o corte de orçamento do governo federal e os impactos da falta de dinheiro na instituição de ensino.
Para agravar a situação, a exemplo das demais instituições federais, foi surpreendida no início deste ano com novo contingenciamento, imposto pelo Decreto 8.389: em vez de receber a cada mês a décima segunda parte da verba inicialmente prevista para o ano de 2015, cada órgão terá direito mensalmente, até a sanção da Lei de Diretrizes Orçamentária, a 1/18 do total anual, uma redução de 33% dos valores que seriam repassados. Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) informou que pagará, a partir deste mês, 1/12 para que as instituições equacionem as dívidas.
A manifestação na porta dos bandejões foi organizada pelo movimento UFMG Sem Catracas em defesa da educação pública no país. No evento de convocação para o ato os organizadores dizem: “Nós não estivemos nas ruas nem no dia 13 que defendia o governo, mesmo com todos os cortes nas áreas sociais, nem no dia 15, que pedia o impeachment de Dilma, inclusive porque sabemos que na época de FHC não era diferente e também não seria se fosse outro governante que, como Dilma, prefere tirar os direitos do povo para garantir os lucros dos banqueiros. Nós acreditamos que para além da rixa desses dois campos, nós precisamos nos mobilizar pelos problemas concretos que hoje afetam a vida do povo”.
Também nesta quinta-feira, o Movimento Estudantil (ME) da UFMG realiza uma audiência pública no câmpus para discutir o corte de verba. Uma manifestação maior está marcada para acontecer no dia 26 de março.
(Com informações de Júnia Oliveira)