Jornal Estado de Minas

Homem que vendia documentos e certificados falsos é preso pela Polícia Civil em Betim

Maurício Felipe Tavares Silva confirmou os crime à polícia e disse que vendia os documentos por R$ ou até R$ 300. Delegada diz que os intermediadores ainda estão sendo investigados

Estado de Minas
Falsificação ideológica, estelionato e falsificação de documentos e selos.
São por estes quatro crimes que Maurício Felipe Tavares Silva, de 33 anos, está preso no Ceresp de Betim, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde, segundo a Polícia Civil, ele agia. Preso ontem e apresentado nesta quinta-feira na 2° Delegacia Regional da cidade, Maurício é apontado pela investigação como o responsável pela venda de documentos e de certificados de conclusão de ensino médio, inclusive para cidades do interior do estado. Ele pode ser condenado de 1 a 5 anos por cada crime.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Cristiane Oliveira, as investigações começaram depois que cartórios de Betim comunicaram à polícia sobre um homem que agia frequentemente de forma suspeita para autenticar documentos em nome de diferentes pessoas. Em posse dessas informações, a equipe policial fez levantamentos de possíveis suspeitos e chegou ao nome de um homem conhecido como Felipe, que posteriormente foi identificado pela polícia como Maurício Felipe Tavares Silva.

“Obtivemos uma informação de que ele estaria em uma unidade dos Correios para despachar uma documentação. Elaboramos um esquema e fizemos o flagrante dele no dia seguinte.
Ele admitiu o crime e disse que tinha outros documentos em uma casa na cidade de Juatuba e em um apartamento em Betim. Além disso, encontramos dentro do carro dele, talões de cheque e certificados de conclusão do ensino médio”, diz a delegada.

Após questionamentos feitos pela equipe de investigação, o suspeito disse que vendia cada Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por R$ 300 e cada certificado por R$ 100. Em suas residências, a Polícia Civil encontrou inúmeros formulários de documentação falsos , além de computador e impressora utilizados para a formulação do material. Com todas as provas e a confissão de Maurício, ele foi encaminhado para o Ceresp Municipal de Betim.

A partir de agora, a polícia vai investigar quem são as pessoas que recebiam o material e quem eram os intermediários que ajudavam na ação do estelionatário. “Com a prisão do Maurício acreditamos que será mais fácil monitorar estes criminosos e posteriormente prender todos os envolvidos”, disse a delegada Cristiane Oliveira. .