O empresário indiano Mahesh Kumar Gupta, preso em julho do ano passado com pedras semipreciosas no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF). O homem, que também tem nacionalidade norte-americana, vai responder por contrabando internacional, usurpação de matéria-prima pertencentes à União e evasão de divisas.

A prisão de Mahesh Gupta aconteceu em julho de 2014. Policiais federais o abordaram quando tentava embarcar em um voo com destino a Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ao ser revistado, foram encontrados 18 pedras semipreciosas – quartzos de citrino e ametistas – um anel de ouro, e US$ 6 mil. A perícia no material revelou que as pedras e o anel de ouro custariam R$ 12.973,47. O valor superava os US$ 178,50 declarados pelo indiano no documento que formaliza operações de compra e vendas feitas no exterior.

Conforme o MPF, Mahesh Gupta afirmou, em depoimento, que visita o Brasil, periodicamente, há cerca de 20 anos, em razão de suas atividades empresariais. No entanto disse que não sabia da proibição de sair do país com as pedras, nem das exigências relativas a essa saída, desconhecendo até mesmo a proibição de viajar para o exterior com quantia superior a R$ 10 mil sem declará-los à Receita Federal.

O indiano já tinha sido condenado a uma ação penal na Justiça Federal de Tocantins por adquirir pedras preciosas extraídas ilegalmente de garimpos localizados na região de Monte Santo. O material, conforme o processo, seria vendido em umpresa com sede em Belo Horizonte.  Caso seja condenado pelos crimes denunciados pelo MPF, o indiano pode pegar de 5 a 19 anos de prisão.

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o indiano não deu entrada em nenhum presídio ou cadeia de Minas Gerais. .