Dia de homenagear São José, agradecer pelas bênçãos alcançadas e unir pais e filhos em orações. Cerca de 70 mil católicos de Belo Horizonte e municípios vizinhos estiveram ontem na igreja dedicada ao protetor das famílias e dos trabalhadores, no Centro da capital, que teve missa desde as 6h da manhã e a última, às 20h, celebrada pelo arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo. A festa religiosa foi também ótima oportunidade para que os fiéis vissem a nova fase de restauração do templo, contemplando agora as torres laterais.
Segundo o titular da paróquia, padre Nélson Linhares, o serviço estará pronto antes de dezembro. “Esta igreja é um tesouro da cidade e devemos preservá-la a todo custo. A comunidade colabora muito e continuamos a campanha para obter os recursos”, afirmou. Quem passa na Avenida Afonso Pena vê a torre central concluída e com as cores originais do início do século 20, ao lado do andaime montado para começar o serviço no lado esquerdo.
A celebração do meio-dia reuniu cerca de 2 mil pessoas – tinha gente nas escadas, de pé, nas laterais e no jardim externo, procurando uma sombra para fugir do sol escaldante. Muitos deles aproveitaram a hora do almoço para rezar. Padre Nélson, o celebrante, ficou feliz ao ver o templo lotado, pediu aplausos para o padroeiro e ressaltou que “o esposo de Nossa Senhora e pai adotivo de Jesus” é símbolo também de humildade e honestidade.
O pároco ressaltou que “o mundo atual está cheio de ganância e ambição, além de ter muita desagregação entre pais e filhos. Rezar pedindo a proteção de São José é fundamental, pois ele representa o trabalho honesto e o amor à família”. Eram 13h45, quando a missa terminou e a dona de casa Célia Aparecida de Oliveira Maia, moradora de Contagem, na Grande BH, se aproximou do altar de São José, onde fica a centenária imagem holandesa do santo.
“Venho sempre pedir graças e agradecer tantas outras”, disse Célia Aparecida, ao lado do filho Welbert Luiz, de 4 anos, e da irmã, Maria Isabel Oliveira Pinto. De imediato, a dona de casa pegou a ponta de uma das fitas amarelas, que pedem do altar, e, seguindo a tradição, escreveu um pedido. “Devo a saúde do meu filho a Deus e a São José. Ele nasceu de cinco meses, com 500 gramas, e foi desenganado pelos médicos. Tivemos até que batizá-lo com urgência, mas rezei e deu tudo certo”, disse a mãe satisfeita com a saúde e revelando que o garoto pede para ir à igreja todos os anos.
SIMPATIA Também perto da imagem do padroeiro, a publicitária Lílian Rodrigues Couto, de 29, moradora de Nova Lima, também na Grande BH, fez os seus pedidos para a família e para São José abençoar o seu trabalho. Na opinião da jovem, “a fé gera equilíbrio”.
Na entrada principal da matriz, homens e mulheres cumpriam um velho ritual, para muitos, uma simpatia que dá certo. É que no Dia de São José, as pessoas pegam um saquinho de pano com uma moedinha e uma oração para guardar na carteira durante um ano. Na festa seguinte, em retribuição, levam mais 19 (o número corresponde à data comemorativa do santo). A técnica de enfermagem Ana Maria Auxiliadora Teles, moradora do Bairro Sagrada Família, na Região Leste de BH, guardou o seu com cuidado e se diz devota. “Faço novena, promessa, rezo e ainda moro num bairro com esse nome”, contou com um sorriso
OBRAS A Igreja São José teve seu interior restaurado de 2010 a 2013, com destaque para os elementos que recuperaram a luminosidade. As pinturas parietais – feitas diretamente nas paredes e teto, sobre o reboco, moda em BH no início do século 20 – consumiram dois anos, entre 1911 e 1912. A torre central trouxe de volta o desenho e tons originais (vermelho, laranja e cinza), seguindo à risca o projeto feito por Edgard Nascentes Coelho, em maio de 1901, quando a capital ainda se chamava Cidade de Minas. Os serviços estão a cargo do Grupo Oficina de Restauro. “A Igreja São José é um recanto de paz e um local muito acolhedor no Centro de Belo Horizonte”, diz o pároco Nélson Linhares, destacando a beleza do interior do templo, com pinturas parietais.
Segundo o titular da paróquia, padre Nélson Linhares, o serviço estará pronto antes de dezembro. “Esta igreja é um tesouro da cidade e devemos preservá-la a todo custo. A comunidade colabora muito e continuamos a campanha para obter os recursos”, afirmou. Quem passa na Avenida Afonso Pena vê a torre central concluída e com as cores originais do início do século 20, ao lado do andaime montado para começar o serviço no lado esquerdo.
A celebração do meio-dia reuniu cerca de 2 mil pessoas – tinha gente nas escadas, de pé, nas laterais e no jardim externo, procurando uma sombra para fugir do sol escaldante. Muitos deles aproveitaram a hora do almoço para rezar. Padre Nélson, o celebrante, ficou feliz ao ver o templo lotado, pediu aplausos para o padroeiro e ressaltou que “o esposo de Nossa Senhora e pai adotivo de Jesus” é símbolo também de humildade e honestidade.
O pároco ressaltou que “o mundo atual está cheio de ganância e ambição, além de ter muita desagregação entre pais e filhos. Rezar pedindo a proteção de São José é fundamental, pois ele representa o trabalho honesto e o amor à família”. Eram 13h45, quando a missa terminou e a dona de casa Célia Aparecida de Oliveira Maia, moradora de Contagem, na Grande BH, se aproximou do altar de São José, onde fica a centenária imagem holandesa do santo.
“Venho sempre pedir graças e agradecer tantas outras”, disse Célia Aparecida, ao lado do filho Welbert Luiz, de 4 anos, e da irmã, Maria Isabel Oliveira Pinto. De imediato, a dona de casa pegou a ponta de uma das fitas amarelas, que pedem do altar, e, seguindo a tradição, escreveu um pedido. “Devo a saúde do meu filho a Deus e a São José. Ele nasceu de cinco meses, com 500 gramas, e foi desenganado pelos médicos. Tivemos até que batizá-lo com urgência, mas rezei e deu tudo certo”, disse a mãe satisfeita com a saúde e revelando que o garoto pede para ir à igreja todos os anos.
SIMPATIA Também perto da imagem do padroeiro, a publicitária Lílian Rodrigues Couto, de 29, moradora de Nova Lima, também na Grande BH, fez os seus pedidos para a família e para São José abençoar o seu trabalho. Na opinião da jovem, “a fé gera equilíbrio”.
Na entrada principal da matriz, homens e mulheres cumpriam um velho ritual, para muitos, uma simpatia que dá certo. É que no Dia de São José, as pessoas pegam um saquinho de pano com uma moedinha e uma oração para guardar na carteira durante um ano. Na festa seguinte, em retribuição, levam mais 19 (o número corresponde à data comemorativa do santo). A técnica de enfermagem Ana Maria Auxiliadora Teles, moradora do Bairro Sagrada Família, na Região Leste de BH, guardou o seu com cuidado e se diz devota. “Faço novena, promessa, rezo e ainda moro num bairro com esse nome”, contou com um sorriso
OBRAS A Igreja São José teve seu interior restaurado de 2010 a 2013, com destaque para os elementos que recuperaram a luminosidade. As pinturas parietais – feitas diretamente nas paredes e teto, sobre o reboco, moda em BH no início do século 20 – consumiram dois anos, entre 1911 e 1912. A torre central trouxe de volta o desenho e tons originais (vermelho, laranja e cinza), seguindo à risca o projeto feito por Edgard Nascentes Coelho, em maio de 1901, quando a capital ainda se chamava Cidade de Minas. Os serviços estão a cargo do Grupo Oficina de Restauro. “A Igreja São José é um recanto de paz e um local muito acolhedor no Centro de Belo Horizonte”, diz o pároco Nélson Linhares, destacando a beleza do interior do templo, com pinturas parietais.