Jornal Estado de Minas

Sindicância vai apurar mortes de gatos na UFMG

Embora convivam com estudantes, funcionários e professores, há muitos anos, animais costumam ser mortos todo início de ano, entre os meses janeiro e março.

Márcia Maria Cruz
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizará campanha educativa para reduzir o abandono de animais no câmpus Pampulha.
Tem o objetivo também de aumentar as punições para os casos de maus-tratos. A decisão foi tomada ontem em reunião entre representantes do grupo de defesa dos direitos dos animais BastAdotar, representantes da Escola de Veterinária, funcionários da pró-reitoria de administração e da diretoria de gestão ambiental.

O encontro foi realizado depois da matança de gatos na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), segundo mostrou o Estado de Minas. “A UFMG foi rápida na resposta e manda uma mensagem para a comunidade interna e externa de que não está brincando. A instituição está disposta a corrigir os problemas de abandono e maus-tratos de animais”, afirmou o coordenador do programa de pós-graduação em história, Luiz Carlos Villalta. Membro da BastAdotar, o professor encaminhou a denúncia, na segunda-feira, quando foram encontrados sete gatos mortos na Fafich. Não é a primeira vez que os felinos são vítimas de ataques.

Embora convivam com estudantes, funcionários e professores, há muitos anos, eles costumam ser mortos todo início de ano, entre os meses janeiro e março. Como há suspeita de uma ação deliberada de humanos para eliminar os bichanos, a diretoria da Fafich irá investigar o caso por meio de uma comissão de sindicância.

Para Villalta, a situação dos animais no câmpus reflete um problema maior, que é a posse responsável de animais.
“O câmpus não é lugar adequado para deixar esses animais”, diz Villalta. A campanha terá um caráter educativo, mas também repressivo para impedir a prática de abandono. Segundo o professor, a Reitoria deverá enviar aos funcionários informações alertando que maltratar animais é crime..