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Primeiro filhote de gato-palheiro nasce no zoológico de BH

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O gato-palheiro possui rosto largo, orelhas pontiagudas e a cor do pelo das patas apresenta listras escuras e largas - Foto: Fundação Zoo-Botânica/divulgação
O zoológico de Belo Horizonte ganhou um novo filhote no dia 20 de fevereiro. Segundo a Fundação Zoo-Botânica trata-se de um raro exemplar de gato-palheiro (Leopardus colocolo), espécie que está em extinção e que foi reproduzida em cativeiro.

Os pais do filhote são Sofia e Guilherme que chegaram ao zoo em novembro de 2012 e em maio de 2014, respectivamente. A fêmea veio da cidade de São João da Lagoa (MG) por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), enquanto o macho é da Fundação Parque Zoológico de São Paulo.

Além do casal, a FZB-BH possui outro macho, com idade estimada em três meses, que foi enviado pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama localizado na Universidade Federal do Mato Grosso. Com o nascimento do filhote, a FZB-BH passa a contar com quatro indivíduos.

A espécie é discreta e arredia, por isso a mãe e o filhote ficam em um ambiente isolado e com pouca interferência de circulação de pessoas. O recinto está cercado por uma tela tipo sombrite para garantir a tranquilidade dos dois.

O gato-palheiro possui o rosto largo e as orelhas pontiagudas. Cada animal pesa cerca de 3,5 Kg; tem garras retráteis que são grandes, compactadas, afiadas e fortemente curvadas.
No entanto, a característica mais marcante da espécie é a cor do pelo das patas que apresentam listras escuras e largas. No restante do corpo, essa coloração varia desde o cinza amarelado ao cinza escuro ou marrom-avermelhado (podendo ou não ter manchas).


Estudo
- Foto: Fundação Zoo-Botânica/divulgação Segundo estudo da bióloga Caroline Salvador Aarão, das 37 espécies de felinos existentes em todo o planeta, apenas a do gato doméstico (Felis catus) não está ameaçado de extinção. Isso significa que a conservação dos felinos selvagens é importante para o controle e manutenção da biodiversidade.

Ainda de acordo com o estudo, dos pequenos felinos, o gato-palheiro é considerado o mais raro e o menos estudado. Daí a importância de se manter indivíduos em cativeiro para a conservação in situ (em áreas protegidas) e ex situ (em zoológicos)..