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Estado de Minas

MPF ajuíza ação para impedir exclusão de alunos do Fies em 11 instituições de Minas

Faculdades privadas de Uberlândia não poderão adotar medidas que impeçam alunos de frequentar as aulas. Procurador relata que algumas instituições de ensino superior estão constrangendo seus alunos


postado em 23/03/2015 14:14 / atualizado em 23/03/2015 14:20

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública para que a Justiça Federal impeça a União de desvincular alunos inscritos no Programa de Financiamento Estudantil (FIES) em virtude das novas regras que entraram em vigor este ano.O pedido se estende a 11 instituições privadas de ensino superior sediadas em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que deverão se abster de adotar qualquer medida que possa impedir alunos já matriculados, mas que ainda não conseguiram o financiamento pelo FIES ou que não conseguiram aditar seus contratos, de participarem das atividades acadêmicas.

Consequentemente, os alunos matriculados este ano, seja calouros que tiverem interesse em vincular-se ou veteranos que desejarem permanecer no FIES, deverão fazê-lo com base nas mesmas regras e diretrizes do ano letivo de 2014. De acordo com o MPF, o Ministério da Educação alterou as regras de concessão do financiamento do FIES sem prévia comunicação aos interessados.

Entre as mudanças, está a redução do número de parcelas, que passou de 12 para oito; a previsão de desempenho mínimo [450 pontos e nota acima de zero na redação] no ENEM; a fixação de teto para o reajuste das mensalidades e a restrição a cursos que obtiverem nota 3 ou 4 [apenas cursos com nota 5, máxima, terão pleno atendimento].

A forma de concessão do financiamento também foi alterada: a partir de agora, um sistema online irá mostrar o número máximo de financiamentos a serem concedidos em cada curso e em cada instituição, ao contrário do que acontecia antes, quando todos os estudantes que pleiteassem vagas em cursos com nota 3 ou superior [a avaliação federal vai de 1 a 5] conseguiam sem dificuldades o empréstimo.

INDEFINIÇÃO O procurador relata que algumas instituições de ensino superior estão inclusive constrangendo seus alunos, que começaram os estudos em 2015, a renegociar as prestações e firmar novos contratos, sob pena de serem automaticamente desligados. Por sua vez, alunos já inscritos no FIES também não estão conseguindo aditar seus contratos.

Por isso, o Ministério Público Federal também pediu que a Justiça autorize todos os novos estudantes interessados em participar do FIES, assim como os já vinculados ao programa mas que ainda não conseguiram aditar seus contratos, a depositarem em juízo, na Caixa Econômica Federal, o valor correspondente às mensalidades que teriam de pagar, segundo as regras vigentes em 2014. Para isso, eles deverão, caso seja concedida liminar, procurar a Justiça Federal para se habilitarem nos autos.


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