O policiamento está reforçado na manhã desta terça-feira no Aglomerado Morro das Pedras, principalmente na Vila Leonina, na Região Oeste de Belo Horizonte.
Os coletivos tiveram a parte interna parcialmente queimada e vidros destruídos por pedradas e pauladas. Em um deles, manifestantes deixaram um cartaz cobrando justiça e ameaçando promover mais ataques. Assustados, motoristas e auxiliares de viagem seguiram nos coletivos para a 126ª Companhia da Polícia Militar, no Bairro Estoril, para registrar ocorrência.
O condutor de um dos ônibus, da linha 4110 (Dom Cabral/Belvedere), contou que trafegava pela Avenida Raja Gabaglia, sentido bairro, com cerca de 30 passageiros.
Outro coletivo depredado foi da linha 205 (Metrô, Calafate e Buritis). Além do motorista e cobradora, 15 passageiros estavam no veículo. Na Avenida Barão Homem de Melo, a alguns quarteirões da UPA Oeste, um grupo de cinco pessoas atacou o ônibus, que também teve o interior danificado.
O terceiro ônibus é da linha 9202 (Pompeia/Jardim América). O condutor disse aos policiais que cerca de 20 pessoas, com armas de fogo, o obrigaram a descer, assim como o cobrador e três passageiros, na Vila Leonina. Em seguida, jogarem coquetéis molotov, que não explodiram, minimizando os danos. Ninguém ficou ferido ou foi preso durante os ataques, apesar do reforço do policiamento no Morro das Pedras, para tentar identificar os responsáveis.
Prejuízo
Segundo dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), a cada três meses dois ônibus incendiados são retirados de circulação na capital. O balanço foi apresentado no início de fevereiro, depois que dois coletivos foram queimados em protestos na Região Norte da capital.
De acordo com o Setra-BH, desde novembro de 2012, 19 coletivos foram queimados na capital. O sindicato frisa que todo ônibus incendiado deve ser substituído e que a troca demanda tempo, para que se faça a cotação de preços no mercado e a aquisição de veículo novo. Além disso, deve ser considerado o período necessário para a entrega pelo fabricante, além da vistoria e emplacamento pelo Detran. Todo o processo demora cerca de 150 dias, segundo o sindicato, o que prejudica os usuários das linhas afetadas..