As duas policiais eram subordinadas ao tenente. Durante o encontro desta tarde, uma das vítimas informou que começou a ser perseguida quando recusou os assédios do militar. Por causa das atitudes da militar, segundo o depoimento, ele começou a rebaixar as notas de avaliação de desempenho dela.
Por causa da situação vivida durante o expediente, a militar afirmou que teve que tirar uma série de períodos de licença para tratamento psicológico. Ao retornar em uma das ocasiões, foi avisada que seria transferida para outro município.
Os assédios não aconteciam somente dentro do quartel. A outra militar que se diz vítima do tenente, alega que ele fazia contato por meio das redes sociais. Em depoimento, contou que em uma das ocasiões, o policial chegou a conversar com o ex-marido dele, achando que seria ela. Isso teria causado problemas no relacionamento.
O tenente acusado pelos assédios foi convidado para audiência, porém, não compareceu. Ele alegou que estava licenciado com problemas psicológicos. O comandante da PM da região comunicou que os fatos foram apurados em sindicância administrativa e que o policial, como forma de punição, foi removido da unidade. A corregedoria da PM foi representada pelo tenente-coronel José Roberto Pereira. No encontro, ele afirmou que vai se reunir com o corregedor para verificar se outras medidas administrativas podem ser adotadas contra o tenente.
O vice-presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Ailton Cirilo da Silva, considerou que a sanção ao tenente foi justa, razoável e proporcional. .