Alunos do Instituto de Educação dizem que foram agredidos por PM

Confusão ocorreu quando estudantes organizavam uma manifestação por melhores condições na escola. Polícia alega que esteve na instituição para combater uso de drogas.

Rafael Passos Guilherme Paranaiba
- Foto: Edésio Ferreira/EM DA Press


Uma manifestação de estudantes do ensino médio do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) terminou em confusão. Três alunos alegam que foram agredidos por policiais militares que foram à escola reprimir o protesto. Os manifestantes reivindicavam melhorias estruturais na escola, localizada na Região Centro-Sul da capital. Depois do tumulto, um grupo de alunos fechou por cerca de dez minutos duas faixas da Avenida Afonso Pena, sentido bairro/Centro.

A PM diz que foi ao local porque dois alunos estariam consumindo droga dentro da escola. Quando os militares chegaram na instituição, alguns alunos tentaram impedir a entrada deles, imaginando que pudesse ser alguma ação de repressão ao ato. Em seguida, começou a confusão.

Uma estudante contou que a direção da escola teria proibido os alunos de protestar do lado de fora da instituição de ensino, pediu que eles ficassem em um pátio interno e chamou a PM.

A aluna alegou ainda que dois militares foram até a escola e uma estudante estava convocando o ato com um megafone. Um policial pediu para desligar o aparelho, porém ela teria se recusado e o militar tomou o equipamento dele. No tumulto que se seguiu, três estudantes teriam sido empurrados e agredidos pelos PMs.
O tenente-coronel Vitor Araújo, comandante do 1º Batalhão, afirma que a corporação agiu corretamente e teve que usar força moderada para conter a confusão.

Seis pessoas, sendo dois alunos menores, três jovens e um mãe de aluno, foram conduzidas para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA/BH) por agressão aos policiais e desacato.

Os problemas estruturais em escolas públicas não se resumem ao IEMG. Reportagem do Estado de Minas dessa quarta-feira mostrou que obras interrompidas colégios tradicionais da rede estadual de ensino da capital obrigam alunos a estudar em locais improvisados.

Vídeo mostra uma aluna, em sinal de protesto, pedindo para ser algemada



Protesto na Avenida Afonso Pena

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