Uma manifestação de estudantes do ensino médio do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) terminou em confusão. Três alunos alegam que foram agredidos por policiais militares que foram à escola reprimir o protesto. Os manifestantes reivindicavam melhorias estruturais na escola, localizada na Região Centro-Sul da capital. Depois do tumulto, um grupo de alunos fechou por cerca de dez minutos duas faixas da Avenida Afonso Pena, sentido bairro/Centro.
A PM diz que foi ao local porque dois alunos estariam consumindo droga dentro da escola. Quando os militares chegaram na instituição, alguns alunos tentaram impedir a entrada deles, imaginando que pudesse ser alguma ação de repressão ao ato. Em seguida, começou a confusão.
Uma estudante contou que a direção da escola teria proibido os alunos de protestar do lado de fora da instituição de ensino, pediu que eles ficassem em um pátio interno e chamou a PM.
A aluna alegou ainda que dois militares foram até a escola e uma estudante estava convocando o ato com um megafone. Um policial pediu para desligar o aparelho, porém ela teria se recusado e o militar tomou o equipamento dele. No tumulto que se seguiu, três estudantes teriam sido empurrados e agredidos pelos PMs. O tenente-coronel Vitor Araújo, comandante do 1º Batalhão, afirma que a corporação agiu corretamente e teve que usar força moderada para conter a confusão.
Seis pessoas, sendo dois alunos menores, três jovens e um mãe de aluno, foram conduzidas para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA/BH) por agressão aos policiais e desacato.
Os problemas estruturais em escolas públicas não se resumem ao IEMG. Reportagem do Estado de Minas dessa quarta-feira mostrou que obras interrompidas colégios tradicionais da rede estadual de ensino da capital obrigam alunos a estudar em locais improvisados.
Vídeo mostra uma aluna, em sinal de protesto, pedindo para ser algemada
Protesto na Avenida Afonso Pena