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Estado de Minas

Irmãos chilenos que morreram em Ouro Preto foram vítimas da chuva

A polícia acredita que os estrangeiros tenham sido surpreendidos pela subida da água durante chuva no Pico do Itacolomi e acabaram arrastados pela enxurrada. Eles também ficaram sob influência de uma tempestade de raios


postado em 26/03/2015 11:49 / atualizado em 26/03/2015 12:10

A Polícia Civil descartou crime e concluiu que a morte dos chilenos Alfredo Leonardo Foster Huaiquiche e Juan Roberto Foster Huaiquiche, em Ouro Preto, Região Central de Minas Gerais foi um acidente. A delegada responsável pela investigação, Larissa Mascotte, afirma que as mortes foram em decorrência da alta incidência de raios e um temporal no Pico do Itacolomy. Uma forte correnteza se formou no leito do córrego, onde foram localizados os corpos, e a polícia acredita que os estrangeiros tenham sido surpreendidos pela subida da água e acabaram arrastados pela enxurrada.

Os corpos foram encontrados nos dias 6 e 7 de janeiro deste ano. O primeiro a ser encontrado foi Alfredo, visto por um funcionário do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG, antigo Cefet), que vistoriava a estação de abastecimento e sentiu o forte cheiro de material em decomposição. O corpo de Juan foi achado por um funcionário do parque, vinculado ao Instituto Estadual de Florestas (IEF).

A delegada vai encaminhar o inquérito policial à Justiça nesta quinta-feira com pedido de arquivamento do caso. De acordo com a Polícia Civil, a necropsia das vítimas, embora tenha sido limitada pela ação do tempo, já que os corpos se encontravam em avançado estado de putrefação, não localizou indícios de morte violenta.

Conforme a delegada, eles morreram durante a forte chuva do dia 9 de novembro de 2014, ocasião em que os irmãos chilenos foram vistos pela última vez. Os peritos concluíram que os irmãos podem ter sido arrastados pela água e estavam sob a influência de 540 raios que caíram no pico naquele dia. As peças de roupas dos irmãos chilenos também foram submetidas a análises, constatando-se a ausência de danos que pudessem ser atribuídos a tiros ou a instrumentos cortantes. Nelas, não havia também vestígios de sangue.

A hipótese de que Alfredo e Juan pudessem ter sido vítimas de latrocínio, foi descartada com as provas periciais. A equipe coordenada pela delegada identificou pelo menos um suspeito, que atua com transporte clandestino de passageiros. Um minucioso monitoramento, além de outras evidências levantadas pelos investigadores, contatou que não houve envolvimento do homem na morte dos irmãos chilenos.

O em.com.br tentou contato com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) para saber ser o órgão foi comunicado sobre as mortes em decorrência da chuva, mas não conseguiu.


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