Jornal Estado de Minas

Estudantes do Cefet protestam na Avenida Amazonas, em Belo Horizonte

Em manifestação contra os cortes orçamentários, grupo bloqueou parcialmente a via durante aproximadamente 30 minutos e deixou o trânsito lento na região

Landercy Hemerson Estado de Minas

Estudantes interditaram Avenida Amazonas durante cerca de 30 minutos, complicando o trânsito - Foto: Matheus Ruas/Divulgação

Nesta quinta-feira, Dia Nacional de Luta da Educação, alunos e professores de instituições de ensino federal em Belo Horizonte fizeram manifestações contra os cortes orçamentários, que resultaram em crises financeiras nas escolas e redução de investimentos em questões básicas como segurança, limpeza e manutenção.

No fim da tarde, estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) fizeram uma rápida manifestação que fechou parcialmente a Avenida Amazonas, em frente ao campus I da instituição, na altura do Bairro Nova Suíssa, Região Oeste de Belo Horizonte. De acordo com a BHTrans, o protesto teve início por volta das 16h40, no sentido Centro/Bairro e foi encerrado às 17h15. Conforme a Polícia Militar, aproximadamente 200 pessoas estiveram no local.

O professor Antônio Arapiraca, presidente do SindCefet, disse que a possibilidade de corte de 33% dos recursos orçamentários para a escola, levou o Grêmio Estudantil a organizar o protesto. “Nós, professores, apoiamos a manifestação, pois o Cefet já vive uma crise financeira, que só será agravada”, explicou Arapiraca.

Protesto contra cortes no orçamento fechou a via nos dois sentidos - Foto: Matheus Ruas/DivulgaçãoPela manhã, alunos, professores e funcionários da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fizeram uma manifestação na porta do câmpus Pampulha. O grupo fechou parte da Avenida Presidente Antônio Carlos, no sentido bairro/Centro. Na convocação para o protesto, os organizadores deixam o recado de que trabalhadores e estudantes “não vão pagar pela crise”. Em meio à manifestação, funcionários terceirizados anunciam uma greve geral.

A crise na UFMG começou no fim do ano passado, quando a instituição sofreu um corte de R$ 30 milhões nos recursos previstos para os últimos meses de 2014, resultando na suspensão do pagamento de contas de água e luz e na demissão de funcionários terceirizados de segurança, portaria e limpeza. Para agravar a situação, a exemplo das demais instituições federais, foi surpreendida no início deste ano com novo contingenciamento, imposto pelo Decreto 8.389.

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