A situação das capivaras capturadas pela PBH já foi objeto de denúncia do MMDA ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A entidade denunciou maus tratos contra os animais. A promotoria entrou na Justiça pedindo a soltura, o que foi acatado. Porém, a Prefeitura recorreu e ganhou liminar para deixar os roedores presos.
O coordenador da visita técnica, o veterinário Leonardo Maciel, afirma que o objetivo é ajudar a saúde pública.
Os técnicos vão verificar o estado geral dos animais, como saúde, contagem de fêmeas, machos e filhotes, verificar as condições das instalações e as que serão usadas para acolher os roedores que ainda vivem no entorno da Lagoa da Pampulha. “Os animais já passaram por exames sorológicos. Então, vamos verificar a situação do cativeiro, como estão sendo mantidos, alimentados e ambientados e qual a repercussão disso na vida deles. Faremos uma inspeção geral acompanhado de funcionários da Fundação Zoo-Botânica”, diz Maciel.
Ao todo, segundo a prefeitura, 46 roedores foram capturados e levados para o Parque Ecológico da Pampulha. Os animais passaram por exames e 80% apresentaram contaminação pela bactéria causadora da febre maculosa. Atualmente, 27 animais seguem recolhidos e outros 30, conforme estimativa da administração municipal, seguem soltos ao redor da lagoa.
Um novo plano de manejo será apresentado pela PBH em 14 de abril, quando será feita uma audiência de conciliação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) para definir a situação dos roedores que estão presos no Parque Ecológico. Essas capivaras vão passar por esterilização. Os machos passarão por vasectomia e o procedimento de ligadura de tuba será realizado nas fêmeas. O objetivo é interromper a procriação e a superpopulação.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) será a responsável por fazer o procedimento nos animais. .