A paralisação foi decidida durante uma assembleia realizada nesta semana. “Analisamos o resultado da negociação com o atual governo, que não foi satisfatório. Não teve nenhuma proposta e nenhum tipo de reajuste salarial para este ano. Diante disso, deliberamos por greve que começa na segunda e não tem data para terminar”, explica Carlos Augusto dos Passos Martins, um dos coordenadores da Associação Sindical dos Trabalhadores em hospitais de Minas Gerais (Asthemg).
Os servidores da Fhemig, composta por toda a categoria não médica, vão se concentrar na segunda-feira em frente ao Hospital João XXIII. De lá, devem seguir em passeata por ruas e avenidas de Belo Horizonte. Também não descartaram fechar rodovias. Faixas com palavras de ordem devem ser espalhadas pela capital mineira como forma de protesto.
A falta de estrutura em algumas unidades de saúde da Fhemig também será colocada em pauta. Segundo a Asthemg, faltam medicações, cadeiras de rodas e aparelhos estão fora de uso por estarem estragados, entre outras irregularidades. “Já tínhamos feito denúncias e o governo afirmou que avaliaria esta situação em três meses. O período já se passou e nada foi feito até hoje”, explica Martins.
Procurada pelo em.com.br, a Fhemig informou que marcou uma reunião com o sindicato dos servidores para o próximo dia 31 de março, onde serão discutidas as propostas e reivindicações da categoria. Até a data da reunião, os hospitais funcionam com o mínimo da escala.
Servidores do estado
Servidores da Saúde de Minas Gerais prometem uma paralisação na próxima terça-feira em todo o estado. A categoria vai se concentrar no pátio da Assembleia Legislativa, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde discutirá as negociações com o governo. Não está descartada uma manifestação depois do encontro.