Um protesto denominado pelo próprios idealizadores como “bichaço” foi realizado na manhã desta sexta-feira na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Cerca de 150 pessoas estiveram presentes em apoio aos homosexuais que frequentam as salas de aula do local, em especial a Cláudio Ribeiro, 22 anos, que escreveu nesta semana em seu blog “Procrastinando”, um texto onde relata as dificuldades enfrentadas desde que chegou à cidade para cursar biblioteconomia, inclusive preconceito e descriminação por causa de sua opção sexual.
Conforme o estudante, a mobilização foi organizada em grupos do Facebook onde o assunto é constantemente abordado. “Os movimentos de jovens que participam do movimento LGBT sentiram um impulso para manifestar sobre o racismo, o preconceito e a homofobia após o texto que publiquei. Esses problemas acontecem aqui há muito tempo, principalmente dentro das repúblicas, que simplesmente menosprezam e ignoram os gays”, disse Cláudio.
Veja um trecho do texto publicado pelo estudante em seu blog:
“Não vou dizer que essa é a primeira vez que enfrento preconceito, até porque isso seria impossível, mas em outros cantos onde estudei, como no Rio de Janeiro, vencer isso foi fácil. Meu curso de Biblioteconomia me introduziu a um campus onde a homofobia é praticamente inexistente, e os poucos que ainda estranham a homossexualidade acabam percebendo que não existe nenhum monstro ali, aprendem a conviver e se integram.
Meu melhor amigo do curso era hetero e eu nunca tive que lidar com um olhar torto. Depois de um ano e meio, quando mudei para Administração, foi um pouquinho diferente. Eu era o único gay da turma, ou o único que tinha um relacionamento declarado no Facebook e não ligava de responder perguntas sobre isso. Os meninos estranharam porque nunca lidaram com isso, mas em duas horas estávamos todos bebendo como se nos conhecêssemos há dois anos.
Vieram as perguntas curiosas e, depois de respondidas, ser gay voltou a fazer parte do segundo plano na minha vida. Me acostumei com isso, com a ideia de que as pessoas da nossa geração eram sensatas e compreendiam que é impossível todo mundo gostar da mesma coisa”
Procurada pelo em.com.br, a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) informou que repudia todo e qualquer ato de violência de discriminação, seja ela de qual natureza for. E que a universidade vai abrir um processo para apurar os casos que forem denunciados. Ainda de acordo com a Ufop, protestos como o registrado nesta sexta são sintomáticos para problemas que possam acontecer de forma velada, pois muitas pessoas podem ter medo de denunciar por possíveis represálias, mas que está atenta ao caso.
Conforme Rafael Magdalene, pró-reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis da Ufop, foi aberto um canal dentro do site da universidade para que haja uma melhor comunicação com os alunos. “Estamos abertos para conversar com os estudantes. Em relação às repúblicas federais, vamos analisar caso a caso, e se soubermos da existência de atos homofóbicos ou crimes contra a mulher, comunicaremos imediatamente à Polícia Militar e em seguida vamos instaurar medidas internas para resolver o caso”, disse.
Conforme o estudante, a mobilização foi organizada em grupos do Facebook onde o assunto é constantemente abordado. “Os movimentos de jovens que participam do movimento LGBT sentiram um impulso para manifestar sobre o racismo, o preconceito e a homofobia após o texto que publiquei. Esses problemas acontecem aqui há muito tempo, principalmente dentro das repúblicas, que simplesmente menosprezam e ignoram os gays”, disse Cláudio.
Veja um trecho do texto publicado pelo estudante em seu blog:
“Não vou dizer que essa é a primeira vez que enfrento preconceito, até porque isso seria impossível, mas em outros cantos onde estudei, como no Rio de Janeiro, vencer isso foi fácil. Meu curso de Biblioteconomia me introduziu a um campus onde a homofobia é praticamente inexistente, e os poucos que ainda estranham a homossexualidade acabam percebendo que não existe nenhum monstro ali, aprendem a conviver e se integram.
Meu melhor amigo do curso era hetero e eu nunca tive que lidar com um olhar torto. Depois de um ano e meio, quando mudei para Administração, foi um pouquinho diferente. Eu era o único gay da turma, ou o único que tinha um relacionamento declarado no Facebook e não ligava de responder perguntas sobre isso. Os meninos estranharam porque nunca lidaram com isso, mas em duas horas estávamos todos bebendo como se nos conhecêssemos há dois anos.
Vieram as perguntas curiosas e, depois de respondidas, ser gay voltou a fazer parte do segundo plano na minha vida. Me acostumei com isso, com a ideia de que as pessoas da nossa geração eram sensatas e compreendiam que é impossível todo mundo gostar da mesma coisa”
Procurada pelo em.com.br, a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) informou que repudia todo e qualquer ato de violência de discriminação, seja ela de qual natureza for. E que a universidade vai abrir um processo para apurar os casos que forem denunciados. Ainda de acordo com a Ufop, protestos como o registrado nesta sexta são sintomáticos para problemas que possam acontecer de forma velada, pois muitas pessoas podem ter medo de denunciar por possíveis represálias, mas que está atenta ao caso.
Conforme Rafael Magdalene, pró-reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis da Ufop, foi aberto um canal dentro do site da universidade para que haja uma melhor comunicação com os alunos. “Estamos abertos para conversar com os estudantes. Em relação às repúblicas federais, vamos analisar caso a caso, e se soubermos da existência de atos homofóbicos ou crimes contra a mulher, comunicaremos imediatamente à Polícia Militar e em seguida vamos instaurar medidas internas para resolver o caso”, disse.