Bombeiros vistoriaram na manhã desta terça-feira o Viaduto Gil Nogueira, na Avenida Portugal, Região da Pampulha, e descartaram risco de queda. Operários da Cowan começaram a montar andaimes para as obras no elevado. Eles estão preparando o material para reforçar a estrutura que sofreu um desnível de 2,5 centímetros, conforme informou a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
Segundo a superintendência, uma vistoria mostrou a necessidade de “colocação de aparelhos de apoio adicionais, de forma a garantir uma melhor distribuição dos esforços na estrutura".
A Sudecap e o empresário Maurício Lana, dono da Consol Engenheiros, empresa que projetou os viadutos, já haviam descartado risco para a estrutura que, com a intervenção prevista, permanecerá operando em segurança. “O viaduto não corre risco de cair. Houve um erro de execução do projeto. Falta de zelo do executor na análise do projeto”, disse Lana
“Ocorreu que os aparelhos de apoio (estrutura de sustentação) foram colocados de forma inadequada. Deveriam ter sido colocados debaixo das vigas longitudinais principais. No entanto, foram colocadas um pouco para fora e, consequentemente, aumentou o esforço de flexão na viga transversal, causado assim as fissuras”, explicou.
Para a obra, o viaduto será levemente suspenso com um aparelho que funciona como um macaco usado na troca de pneus de carro. Assim, três placas de neoprene, material elástico, serão inseridas em cada um dos dois pilares de extremidade.
Lana ainda lembrou que a construção do Gil Nogueira, assim como o Montese e o Batalha dos Guararapes, não contou com a presença de consultor de apoio técnico, devido ao fim de contrato da Consol com a PBH. Na Construtora Cowan, executora da obra, ninguém foi encontrado ontem para falar sobre o problema.
As obras para reforço da estrutura serão realizadas no próximo final de semana, entre 0h de sexta-feira, dia 3 de abril, e meia-noite de domingo, dia 5.
(Com Landercy Hemerson, João Henrique do Vale e Guilherme Paranaíba)
