Jornal Estado de Minas

Médica nega crimes e diz que era forçada a fazer transferências bancárias

Gabriela Corrêa Ferreira da Costa, acusada de integrar Bando da Degola, é julgada nesta terça-feira, em BH

Rafael Passos
A médica Gabriela Corrêa Ferreira da Costa, acusada de integrar o Bando da Degola, disse nesta segunda-feira que obrigada por integrantes da quadrilha a fazer saques nas contas bancárias de dois empresários mortos pela quadrilha.
Gabriela está sendo julgada por envolvimento nas mortes de Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, em um apartamento no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ela responde pelos crimes de homicídio qualificado, cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha.

Gabriela disse ao juiz que as primeiras transferências da contas das vítimas para a do bando foram feitas por um dos empresários, porém outras duas transações semelhantes às anteriores foram realizadas por ela.

A ré contou também para o meritíssimo que era vigiada e seguida por membros do grupo criminoso. Entretanto, ela não procurou a polícia porque o chefe da quadrilha, Frederico Flores, a convenceu que ele era influente e intocável.

Gabriela admitiu que sabia do seqüestro dos empresários, mas ela negou envolvimento nos crimes que responde. Ela, inclusive, reconheceu que viu um dos empresários amarrado.

Ao ser perguntada pelo promotor a respeito do envolvimento com Flores, medição rechaçou que tivesse relacionamento íntimo com o mandante dos crimes.

Durante ao interrogatório, a médica contou para o advogado de defesa que foi chamada para assistir às agressões contra as vítimas para ser intimidada, caso traísse o líder da quadrilha.

Atualmente, Gabriela Corrêa Ferreira da Costa mora e trabalha em Niterói, no Rio de Janeiro.
Os debates entre defesa e acusação começaram por volta das 13h40..